O governo ambiciona mais duas linhas e está a estudar a sua possibilidade e funcionamento.

Totalmente financiado pelo governo, com uma dotação de 100 milhões de euros no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), foi aprovado o projeto da implementação do BRT em Braga. Teotónio Santos defende que o concurso público para a implementação deste projeto de linha de trânsito rápido deve ser lançado até ao final deste ano.

Consoante o responsável pelos Transportes Urbanos de Braga (TUB), este sistema vai contar, inicialmente, com apenas duas linhas: amarela e vermelha, sendo a amarela a primeira a avançar. Esta linha vai ter seis quilómetros e dez estações enquanto a vermelha será composta por 6,2 quilómetros e dez estações.  A sua empresa estará responsável pela implementação desta ideia na cidade.

Ainda assim, o governo ambiciona uma ligação de Braga a Guimarães e à futura estação de alta velocidade de Braga, que vai ficar localizada entre as freguesias de Gondizalves e Semelhe. Estas ligações permanecem, no entanto, apenas como uma hipótese, estando a ser estudadas no modo de funcionamento para possível execução.

Quanto às duas linhas já confirmadas, estas já contam com percursos com a Linha Amarela a passar por paragens desde o Minho Center à Estação de Comboios de Braga e a Linha Vermelha a fazer o percurso da Universidade do Minho ao Hospital. Serão adquiridos dez autocarros elétricos ou a hidrogénio com capacidade para entre 120 a 150 passageiros, circulando cinco na Linha Vermelha e três na Linha Amarela, de forma a terem duas viaturas de reserva.

Os 100 milhões de euros que compõem o orçamento deste projeto incluem a aquisição de autocarros, as obras, o parque de material e oficinas e os sistemas de carregamento. A empresa de Transportes Urbanos de Braga está a finalizar um estudo de inserção urbana para avaliar a introdução das linhas do BRT no centro da cidade, não conseguindo ainda avaliar o preço de custo mensal de eletricidade que estas vão implicar. A implementação do mesmo sistema em dez quilômetros de estrada em Espanha e 13 autocarros custou 55 milhões de euros, com uma conta de eletricidade de 66 mil euros em quatro meses.