A 12ª edição dos Prémios Sophia contou todas as suas histórias. A gala decorreu no Casino do Estoril, durante este domingo, dia 21 de maio. Foi apresentada, de novo, por Pedro Miguel Ribeiro e Margarida Vila Nova, com transmissão em direto na RTP2.

A categoria privilegiada, Melhor Filme, foi apresentada por João Gonzalez, autor da animação nomeada aos Óscares e vencedor da categoria de Melhor Curta-metragem de Animação nesta gala, que entregou o prémio a Cristéle Alves Meira. A sua primeira longa-metragem, Alma Viva, contava com 13 nomeações, das quais venceu seis, incluindo, Melhor Argumento Original, Melhor Direção de Fotografia, Melhor Atriz Principal, para Lua Michel, filha da realizadora, e Melhor Atriz Secundária.

Causa Própria venceu o prémio de Melhor Série/Telefilme. Um Filme em Forma de Assim, de João Botelho, destacou-se com tendo o Melhor Argumento Adaptado, e recebeu ainda os prémios de Melhor Direção de Arte e de Melhor Som.

A Academia Portuguesa de Cinema demonstrou, este ano, um cuidado adicional com a área da escrita, fator indispensável para a concretização da obra cinematográfica final. Os apresentadores da cerimónia adotaram o mote “era uma vez” para guiar toda a entrega de prémios, inserindo pequenas sinopses dos filmes nomeados.

“O cinema é uma arte coletiva”, aludiu Nuno Lopes, vencedor do prémio de Melhor Ator Secundário, com o seu papel em Restos do Vento. A organização do evento fez questão de elogiar a importância de todas as áreas do audiovisual nos discursos anunciados. O filme de Tiago Guedes, recebeu também, o prémio de Melhor Realização e Melhor Ator Principal.

Como já havia sido divulgado na cerimónia das nomeações, Carlos Saboga foi homenageado com o Prémio Sophia Carreira, pelo impacto imensurável que teve no cinema português desde a década de 80. Paulo Branco entregou o prémio ao argumentista, contando uma breve história sobre a sua “amizade muito especial e exigente”. Acrescentou, “trouxe-me um olhar e uma visão do cinema – do mundo – que se aproximava muito da minha”.

De surpresa, entregaram um segundo prémio Sophia Carreira a Paulo Trancoso, segundo o conceção de que “sem ele não havia Academia”. Com um tom de profunda emoção, o presidente da APC começou – e terminou – o afetuoso discurso com seu habitual “viva ao cinema português!” Para além disso, não podia deixar de apelar para que todos “voltem às salas e vejam cinema – o nosso cinema”. Apelo este que se demonstra tão necessário, não só por causa da pandemia, como também pela falta de valorização da sétima arte portuguesa.

Confira todos os vencedores na galeria: