2012 estreou nos cinemas em 2009. O filme de ficção científica foi um dos maiores sucessos de bilheteira do ano.

A narrativa centra-se em volta do inevitável fim do mundo que está para acontecer no ano de 2012. Por um lado, temos cientistas e governantes que tentam arranjar as melhores soluções para salvar a espécie humana. Por outro, temos um autor decadente a tentar salvar a sua família da destruição do planeta Terra.

No geral, a narrativa de 2012 é bastante irrealista e rompe completamente a imersão expectável de um filme deste género. É necessária uma força de vontade muito grande por parte do público para acreditar nos acontecimentos que são apresentados.

Os personagens são tão invencíveis que, não só conseguem escapar a situações de sobrevivência impossível, como também o fazem sem um único arranhão. No entanto, conseguindo ultrapassar o romper constante da imersão, o espectador pode esperar puro entretenimento por parte deste filme. O enredo apresenta um bom ritmo, apesar de a segunda parte ser mais parada em termos de ação e efeitos especiais.

As personagens de 2012 não apresentam muita profundidade, o que é característico de filmes de destruição. No entanto, poderia ter havido uma tentativa de o filme se destacar nesse sentido, o que não aconteceu. Além disso, as performances por parte do elenco são decentes e não rebaixam o nível da obra, mas nenhuma se destaca em particular.

Se a longa-metragem falha em vários aspetos, compensa imenso em termos de efeitos especiais, considerados por muitos como estando à frente do seu tempo. Todos os fenómenos de destruição da Terra são visualmente bastante realistas e conseguem manter o espectador agarrado ao ecrã.

Concluindo, 2012 é um filme medíocre que apenas se destaca pelos efeitos especiais. A narrativa e as personagens não acrescentam nada de novo e o filme apenas conseguiu sucesso por se ter agarrado às teorias de que o mundo ia acabar em 2012. No entanto, não se pode ignorar o fator entretenimento que se encontra garantido.