Para muitos, o encerrar de um ciclo.

Na passada quarta-feira, dia 10 de maio, ocorreu o Cortejo Académico na cidade de Braga. O cortejo é umas das principais tradições académicas, e, neste, os estudantes juntaram-se para celebrar o fim de mais um ano letivo, para muitos o último. O percurso foi constituído por muita animação, vários momentos musicais, praxísticos e, também, muita cerveja. 

O inicio do desfile estava marcado para as 12h00, mas só perto das 13h00 é que os camiões começaram o seu percurso, que ia desde o Cemitério Municipal de Monte d’Arcos e terminava na Avenida Central. Cada curso tinha um camião alusivo não só ao curso e às suas cores, mas também ao tema “ A gata paga mas bufa!”. No total participaram 57 cursos da academia minhota, a que se somaram os camiões dos juris, a AAUMinho e o Cabido de Cardeais. Além disso, também fizeram parte a Universidade Católica Portuguesa, o Instituto Superior do Alto Vale e o Instituto Politécnico Do Cávado e do Ave.

Ao chegarem á Avenida Central, os caloiros performaram as apresentações, na sua maioria reivindicativas, para o Papa da praxe minhota, para a presidente da Associação Académica da Universidade do Minho, Margarida Isaías, e também, para alguns membros do Cabido de Cardeais. Nas representações os estudantes expressaram problemas que enfrentam ano após ano, tais como: a falta de alojamento, os elevados preços das habitações, propinas e a inflação.

No final de todos os cursos se apresentarem, os juris, a AAUMinho, o Cabido de Cardeais e o Papa, elegeram os três vencedores. O pódio foi anunciado nessa noite, no Altice Forum Braga por Quim Barreiros. Medicina venceu, seguida de Gestão e Estatística Aplicada. Apesar de terem ficado fora do pódio, Teatro, Artes Visuais, Arquitetura e Enfermagem receberam menções honrosas.

Depois dos caloiros realizarem a sua performance, e berrarem o hino de curso com os praxantes, seguiram para o chafariz na Praça da República para um último momento entre caloiros e comissão de praxe. No chafariz, cantaram uma música pela última vez. Este momento marca o fim da praxe.

Vários visitantes, tanto estrangeiros como português, juntamente com familiares dos estudantes, encheram as ruas e apreciaram todo o processo do cortejo. Em entrevista ao ComUM, alguns visitantes estrangeiros mostraram não conhecer esta tradição e cultura académica portuguesa. Mas mostraram-se curiosos, acharam uma tradição interessante e afirmam também que dá um ser à cidade de Braga.

Já os familiares mostraram orgulho. “Sinto um orgulho enorme no meu filho, pois sei que não foi fácil e que ele passou por fases menos boas, mas no final tudo valeu a pena”. Assim deu-se por terminado mais um momento que simboliza o fim de uma jornada académica e o começo de uma nova fase na vida dos estudantes, repleta de conquistas e desafios futuros.