Lana Del Rey regressa com outra visão do mundo e nova música para aqueles que a adoram há anos. Lançado em março, um álbum com várias energias, mas sempre com o toque mágico da cantora que é tão específica.

NME

Apresenta-nos uma capa intimista com somente a cara da artista a preto e branco que fez parte de uma sessão da mesma, já revelada nas suas redes sociais. Outras fotos dessa mesma sessão poderão ser encontradas, por exemplo, no disco vinil. O nome do álbum vai muito de encontro à especificidade de Lana Del Rey, não sendo o primeiro nome grande num álbum da mesma, apesar de ser o maior até agora.

Foi com “A&W” que Lana Del Rey nos deu uma entrada daquilo que o disco seria, acima de tudo cheio de emoções. Esta faixa em especial desabafa sobre traumas passados onde teve no seu pior e completamente sozinha, passando a meio da música para um ritmo mais acelerado, como se estivesse a ultrapassar a sua tristeza anterior. Apesar da generalidade calma na energia das faixas, é na letra de cada uma que sentimos realmente, com o acompanhamento da suave melodia e do que a artista nos quer falar.

Fingertips” e “Paris, Texas” são duas das faixas marcantes pela sua singularidade musical e melodia. Já faixas como “Peppers” tem um jeito da artista muito específico, mais sensual e ritmado.

 

O disco tem notoriamente o toque de Jack Antonoff, tendo o mesmo produzido com Lana Del Rey. A mistura sonora feita em cada faixa é deliciosamente executada juntamente com a voz única da cantora, sabendo bem o produtor o que fazer com o pacote que lhe é apresentado. Na última faixa do disco, ambos surpreendem os fãs com a referência à música “Venice Bitch” da própria artista.

As preocupações e reflexões de Lana são atiradas para as letras como nunca. A própria revelou ao receber um prémio pelo disco que se encontra mais feliz do que nunca e é neste álbum que se pergunta o porquê de terem gostado tanto dela numa fase em que a mesma não queria viver, tendo atualmente ultrapassado essa fase negra. É agora que desabafa nas suas faixas sobre dores da altura e felicidades de agora.

Como sempre, é apresentado um álbum simplesmente único que não poderia ser de mais ninguém senão a própria Lana Del Rey. Embala e preenche qualquer ouvinte, mas principalmente os fãs que não se conseguem cansar das suas músicas.