O presidente do Município de Braga, Ricardo Rio, acredita que descoberta pode enriquecer a história da cidade em mais de dois mil anos.
Na última quinta-feira, dia 18 de maio, a Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho (UMinho) expôs os resultados preexistentes da intervenção arqueológica que está a decorrer na Rua Nossa Senhora do Leite, no centro de Braga. O projeto está a ser representado pela arqueóloga e professora do Departamento de História do Instituto de Ciências Sociais da UMinho, Fernanda Puga Magalhães.
A equipa responsável pela investigação conseguiu discernir um conjunto de colunas de mármore com elementos florais, detalhadamente, rosetas e flores de lis, um fragmento de xisto com motivos vegetais, como cachos de uvas e alguns muros. Atualmente, os arqueólogos não sabem se estes elementos fazem parte de uma única peça ou se são pedaços de estruturas diferentes.
De acordo com Fernanda Puga Magalhães, nos anos 90 foi encontrada uma basílica paleocristã sob a Sé de Braga. Neste momento, procura-se saber se os elementos recentemente encontrados constituem parte dessa estrutura ou se são parte de uma nova descoberta. “Vamos tentar montar o puzzle para dizer com certeza do que estamos a falar, mas com certeza estas construções são datadas do século V, ou seja, mais antigas que a Sé de Braga”, afirma. A equipa aguarda os resultados da análise às mais de 20 amostras retiradas do local.
O projeto contou ainda com a colaboração de parceiros internacionais, como a Universidade da Corunha e a Universidade Rovira i Virgili. Foi também suportado pelo proprietário privado do imóvel, Veloso e Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.