O segundo álbum da banda madeirense, NAPA, foi lançado à 26 de maio. Com 11 faixas envolvidas no típico estilo alternativo da banda. Logo Se Vê apresenta belíssimas líricas e melodias, que exploram temas como o passado e um fim de relacionamento.
No dia quatro de abril, foi publicado um post de uma lápide com o nome Men on The Couch, este que foi escolhido para a banda na sua formação, em 2013. Sendo anunciado, no dia seguinte, o novo nome – NAPA – e o novo álbum – Logo Se Vê. Apesar desta mudança, o grupo também esclareceu que “Mudou apenas o nome, porque a essência e a vontade de criar música continua intacta”.
O disco sucessor de Senso Comum (2019) propõe “uma roupagem mais madura, mas um espírito sempre moço”. Logo Se Vê, foi gravado no Blacksheep Studios, em Sintra, fazendo questão de trazer “maior complexidade e inventividade na estrutura de muitas das canções”.
O álbum abre com “Jeito Pra Tudo”, que varia entre uma melodia mais calma com uma melodia mais agitada. Ao qual, fala sobre perder tempo de vida, de forma cativante. De seguida, surge “Aparentemente”, onde a voz de Guilherme Gomes brilha sobre ter uma vida normal, com os seus tons agudos e graves.
“Luz Do Túnel”, o segundo single, fala sobre se perder e voltar a se encontrar. Com uma melodia intrigante que segue a narrativa e os momentos em que apenas se ouve o instrumental são fascinantes. “Gigantes” com Beatriz Pessoa, apresenta novos instrumentos como piano, violinos, viola e violoncelo. As vozes de Beatriz e Guilherme completam-se e exprimem a importância da pessoa que amamos, sendo um som mais calmo e bonito.
Começando com uma guitarra acústica, sons de passarinhos a cantar e com vocais angelicais de coro, “Não Admira”, torna-se facilmente numa favorita. Com a sua calma melodia, comunica sobre o passado e a saudade, envolvendo-nos completamente. “Todos Os Loucos”, demonstra novamente outros instrumentos a serem adicionados, como saxofones e trompetes. O ser escolhido entre “todos os loucos do mundo” soa muito divertido com esta canção.
Na seguinte faixa, “Lembra”, voltam a aparecer os violinos, a viola, o violoncelo e os coros, que dão um toque especial a música. Consegue ser uma das mais bonitas do álbum. O primeiro single, “Assim, Sem Fim” com Silly, tem uma linda letra que fala sobre lutar contra o fim de uma relação. Silly traz um ar fresco a canção e ao álbum. Em “Ficamos Assim” ouvem-se novamente os bonitos coros. Esta música, que canta sobre cada um ficar do seu lado, oferece uma batida dançante e magnética, onde a percussão também se destaca.
“Monte De Nada”, fala sobre o fim de um relacionamento em que se questiona o que ficou do mesmo. Compondo-se de um refrão atrativo e uma melodia interessante, que acalma no fim de música de forma melancólica. “Volta E Meia” fecha o álbum perfeitamente com o seu verso inicial “Então é a aqui o fim da história”. Variando com sons melancólicos e sons mais agitados, captando perfeitamente a essência do álbum.
Os NAPA já se encontram a tocar este novo disco nos palcos. Sendo brevemente apresentado, no Musicbox nos dias sete e oito de junho. Logo Se Vê, é um passo mais próximo para o reconhecimento que a banda portuguesa devidamente merece.
Artista: NAPA
Álbum: Logo Se Vê
Editora: Universal Music Portugal
Data de lançamento: 26 de maio de 2023