Ovos, arroz e carne de porco entre os que registaram um maior aumento de preço.
O Eurostat divulgou esta segunda-feira um abrandamento da subida homóloga dos preços dos produtos agrícolas de base na União Europeia (UE), no 1. ° trimestre. Já Portugal e Espanha foram os países a apresentar o maior aumento, com 33% na tabela de dados.
Segundo dados do serviço estatístico da UE, de janeiro a março de 2022 até aos três primeiros meses de 2023, o preço médio dos produtos agrícolas aumentou 17%. Esta é uma taxa inferior aos 26% registados entre 2021 e 2022 para o mesmo cabaz de produtos de base. As taxas mais elevadas do preço médio da produção agrícola correspondem a Portugal e Espanha.
Com 33% em ambos os países, o Eurostat destaca a problemática da seca na Península Ibérica e as consequências na diminuição da produção. De acordo com o serviço estatístico da UE, terá sido este o fator determinante no aumento dos preços. O preço médio da produção agrícola diminuiu apenas na Lituânia, o único país da UE a registar uma percentagem de -2%.
Quanto aos produtos de base com maior aumento de preços observou-se uma maior acentuação nos ovos, com um aumento de 60% na média da UE. O arroz segue em segundo lugar com 51% e a carne de porco em terceiro com 49%. O Eurostat justifica o preço dos ovos com a falta de cereais forrageiros e a repercussão de um surto de gripe das aves na Bélgica e nos Países Baixos.
Os custos suportados pelos agricultores aumentaram 11% para o mesmo cabaz de fatores de produção no primeiro trimestre do ano, face ao período homólogo. Ainda assim, no quarto trimestre de 2022 verificou-se uma taxa recorde de 24% neste indicador, o que demonstra um significativo abrandamento. Neste cabaz, houve ainda aumentos substanciais dos preços dos alimentos para animais (16%), das sementes e material de plantação (14%) e dos produtos fitofarmacêuticos e pesticidas (12%).