Todos os anos, uma fornada de mentes fervilhantes assume a direção deste jornal. E todos os anos essa mesma equipa passa o legado a uma nova fornada de estudantes com vontade de fazer mais e melhor. É isto que mantém o ComUM dinâmico, ativo e em que vale a pena apostar. A troca permanente de perspetivas distintas, umas vezes complementares outras contraditórias, traz novidade e inovação, fazendo jus ao slogan “pensar diferente”.
Flácido à passagem do tempo, é um projeto que todos os anos demonstra a sua importância e o seu valor no percurso académico e pessoal de todos os futuros profissionais da comunicação que passam pela academia minhota. Aqui, os redatores podem dar voz aos problemas dos estudantes e não só, ao mesmo tempo que exploram as possibilidades do discurso jornalístico.
Olhando em retrospetiva, posso dizer que é um projeto que me deu muita alegria e algumas tristezas, mas sobretudo muito trabalho. Liderar uma equipa com cerca de 80 elementos e com secções distintas requere tempo, organização, foco e resiliência. Engane-se quem pense que fazer parte da direção do ComUM apenas se traduz num currículo mais “bonitinho”. Nada disso. Foi, com toda a certeza, um dos maiores desafios que enfrentei durante estes três anos de licenciatura. Conjugar o jornal com as aulas e outros projetos tornou-se, em certos momentos, um jogo de cintura um pouco complicado. No entanto, não o fiz sozinha. A equipa que aceitou o desafio de constituir a direção 22/23 mostrou-se, desde o primeiro dia, incansável. Com talento e criatividade, iniciamos uma nova fase no jornal. Desde o podcast “Ligação Crítica” ao projeto de multimédia “C Criativo”, a dinamização da página na rede social Instagram, a criação de um departamento de Recursos Humanos, a realização de formações internas, foram tantas as ideias que voaram do papel e da sala de reuniões. Tivemos a ambição de tornar o ComUM ainda mais um espaço de todos e todas. Penso que conseguimos marcar o caminho para que as próximas direções possam concretizar na íntegra esta nossa visão de uma redação mais colaborativa.
Hoje é a minha vez de sair. Saio com a consciência que fizemos o melhor trabalho possível. Saio orgulhosa do que conseguimos fazer em equipa. Agora é a vez da Marta Rodrigues. Com todo o gosto e otimismo, dou o lugar a um dos membros mais incansáveis que este jornal já teve. Marta, também tu vais poder tentar e errar, voltar a tentar e conseguir. Tem ousadia, consciência, inteligência e confiança. Continua a manter esta casa de pé e com as edificações bem assentes. Uma casa que é feita de oportunidades de fazer e refazer, de aprender e experimentar. É esta a essência do projeto e só assim vale a pena continuar, na minha opinião. Acredito que o ComUM vai ficar em muito boas mãos. Estejam atentos e atentas a estes próximos capítulos, porque de certeza que vão valer a pena.