A instagrammer e modelo plus size Catarina Corujo fala da importância da auto aceitação e do amor próprio.
Dia 5 de Julho, comemora-se o Dia Mundial do Biquíni, data que assinala a criação da peça de vestuário pelo francês Jacques Heim, em 1946. Na época, a criação foi considerada ousada e provocadora causando um efeito “bomba” na sociedade e, por esse motivo, foi batizada com o nome de uma ilha no oceano Pacífico usada para testar bombas nucleares.
Catarina Corujo tem 35 anos e é influencer no Instagram. Em entrevista ao ComUM, refere que a sua jornada nas redes sociais começou “sem querer”. “Seguia uma autora e coach que fazia um Self Love challenge que nos inspirava a fazer partilhas no Instagram. Comecei a usar o Instagram como um journal onde comecei a purgar a minha voz já há muito silenciada por achar que era a única a sentir aquilo. Rapidamente fui provada do contrário”, conta Catarina.
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A intagrammer e modelo plus size relata que até aos 26 anos sofreu de inseguranças com o corpo. “Era uma menina com uma auto estima frágil e muito dependente da validação externa. Foi mesmo preciso chegar a um ponto de saturação e frustração por não conseguir desfrutar dos pequenos prazeres da vida e liguei o botão. Decidi assumir a realidade como ela era, perceber que não era ok inferiorizarmos o outro só por conta das suas características físicas.”
“Tudo o que dizemos é uma mera projeção daquilo que acreditamos, sabemos e defendemos”, argumenta Catarina. Completando dizendo que quando é alvo de “comentários depreciativos ou até ofensivos”, se lembra que da sua vida só ela sabe. “Um dia decidi largar as dietas e os standards de beleza e abraçar a minha sabedoria interior e individualidade. Não permito faltas de respeito e sou mesmo eu que defino o que é o respeito que mereço.”
Nas suas publicações, Catarina partilha mensagens de amor-próprio e incentivo à aceitação de si mesma. Esta diz ser importante manter-se informada e “perceber que nem toda a gente está no mesmo caminho, no mesmo ritmo.” Além disso, refere que “hoje estando num processo de perda de peso, é importante não falar de quilogramas nem tamanhos de roupa. Há nuances da temática que podem ser um gatilho negativo para muita gente e não há qualquer necessidade de reduzir esta jornada a um antes e depois, quando é tão mais que isso”.
Quanto à influência nas redes sociais, afirma que esta tem um impacto positivo pois “ver imensas mulheres a tomarem decisões por si, a libertarem se do ódio próprio e a assumirem responsabilidade por elas sem autocomiseração é impagável.”. Graças às suas partilhas, a sua cura “tem sido a cura de outras mulheres nesta jornada dos distúrbios alimentares e da autoimagem”.
Catarina deixa ainda uma mensagem para todos aqueles que não se sentem confortáveis no seu corpo:
“Pergunta te a ti mesma “o que é um corpo confortável para mim?”. Se a resposta vier com as características físicas, escava mais. Isso é só a superfície. Deixa de querer agradar, deixa de querer usar o teu corpo como um acessório para que os outros aplaudam. Olha para dentro, para a forma como falas contigo mesma, para a forma como te motivas, como te empoderas perante uma decisão difícil. Aceitarias na tua casa, alguém que falasse para ti da mesma maneira que TU falas para ti?”