#Arquivo | 007 – Casino Royale: O reanimar de uma franquia

Foi no Rio Tamisa, a 14 de outubro de 2005, que Daniel Craig foi anunciado como o escolhido para representar o icónico agente secreto Bond, James Bond. Seria um ano mais tarde, a 23 de novembro de 2006, que veríamos o ator a fazer a sua estreia na pele do famoso 007, no filme 007 – Casino Royale.

Apesar de ser o 21º filme da franquia 007, Casino Royale mostra-nos um novo começo de James Bond. No começo do filme, é revelada a maneira com que a personagem obtém a sua licença para matar e é promovido para agente 00 no MI6. Apesar deste novo começo para a franquia, Judi Dench retoma o seu papel como M, chefe do MI6, pela quinta vez.

Nesta longa-metragem o agente secreto britânico tem como objetivo parar Le Chiffre (Mads Mikkelsen), um banqueiro que ajuda um líder de um grupo terrorista a guardar o seu dinheiro num paraíso fiscal. A técnica que Le Chiffre utiliza, para tentar passar este dinheiro a limpo e colocá-lo disponível ao seu cliente. Falha, graças a Bond, e o vilão vê-se obrigado a recuperar o dinheiro num torneio de póquer, de alto risco, no Casino Royale, em Montenegro.

A encenação de Daniel Craig como James Bond é sublime. O actor encontra-se numa condição física muito boa, tornando a sua representação credível, e consegue interpretar muito bem a personalidade convencida e astuta de 007. Eva Green faz um belo par com Craig, ao representar o papel de Vesper Lynd, enviada da Força de Tarefa da Ação Financeira do Tesouro de Sua Majestade, que acompanha James Bond na sua missão no Casino Royale.

Os cenários que podemos visualizar no desenrolar da história são fantásticos, transparecendo sempre a alta classe que associamos aos filmes da franquia. Grande parte das sequências foram filmadas na República Checa, onde o Grandhotel Pupp serviu de “Hotel Splendide” no filme. Outras localizações emblemáticas onde se realizaram gravações foram Veneza, Bahamas e em alguns pontos do Reino Unido.

As cenas de perseguição deste filme têm os seus altos e baixos. A primeira destas, em que Bond persegue Mollaka, no Madagáscar, existem alguns momentos em que se consegue reparar nitidamente que é o duplo de Daniel Craig a realizar grande parte da perseguição. Por momentos, ao assistir ao filme, pode-se pensar que é uma nova personagem a perseguir Mollaka, pois o duplo tem algumas características que diferem de Craig e que acaba por confundir o espectador.

Tirando estas pequenas falhas, que apenas acontecem em breve momentos, Casino Royale consegue trazer nova vida à franquia do 007. Daniel Craig a surpreender como James Bond, ao suceder Pierce Brosnan, acaba por continuar no papel por mais quatro filmes e acaba por ser aclamado, por muitos, como o melhor ator a incorporar a personagem do famoso 007.