Agosto fica novamente marcado pelos incêndios florestais.
Época de Incêndios
Chegando o verão, as férias e o descanso, os incêndios não são preocupações de todos e têm grande destaque nos noticiários. Sejam estes de origem natural ou humana, os fogos que se estabelecem nesta altura do ano provocam danos incalculáveis tanto de carácter físico, como psicológico que deixam mazelas na vida de milhares de pessoas.
Ao longo deste breve vídeo voltamos atrás no tempo e vemos grandes fogos que, infelizmente, marcaram o verão de muita gente, tanto em Portugal, como no estrangeiro. Incêndios que mudaram vidas, roubaram memórias e destruíram paisagens.
Por Gustavo Moutinho
Além de um desastre, uma perda…
Na União Europeia (EU) a maior ameaça à perda da Biodiversidade é, sem dúvida, os incêndios e a sua multiplicação. No ano presente, os números dados pela European Forest Fire Information System (EFFIS) apresentam que, aproximadamente, 264 729 hectares já foram queimados. A UE tem sofrido uma significante perda das suas florestas, o que pode levar a uma extinção de plantas e árvores autóctones. Ainda é possível atentar ao problema de ser cada vez mais árduo regenerar as florestas, o que está a conduzir a uma simplificação dos ecossistemas. A simplificação caracteriza-se pela invasão de espécies exóticas e à instalação de espécie menos exigentes.
Todavia, os incêndios não afetam só as árvores e as plantas. Milhões de animais sofrem por ano na UE, desde ouriços, veados, lobos, esquilos, lagartos, helicídeos, pássaros, diversos pequenos mamíferos e animais invertebrados. Estes importantes elementos para um ecossistema equilibrado acabam por morrer queimados, asfixiados ou acabam por demonstrar ferimentos graves. Aponta-se, ainda, para uma despreocupação por parte da Comissão Europeia na proteção dos diversos animais. Enquanto vemos países como Austrália, Brasil, Canadá que demonstram uma apreensão no resgate dos animais silvestres, juntando diversos biólogos e zoólogos que elaboram programas de proteção e resgate. A UE quase finge que não existem outras vidas além da espécie humana.
Todos os anos a UE divulga as medidas para a supressão de fogos, enunciando grandes investimentos em aeronaves e em veículos modernos. Segundo informações da Euronews, o diretor do Centro de Vigilância Global dos Incêndios, Johann Georg Goldmmer, aponta que as medidas de supressão pouco resolvem o problema. Para uma estratégia de combate às chamas eficaz, a Comissão Europeia deveria antes investir em medidas de prevenção.
Por fim, com o objetivo de expor o estrago que um incêndio pode trazer o ComUM recorreu ao registo fotográfico das suas consequências.
Por Sara Mendes.