O investimento, assinalado pelo primeiro-ministro, é de cerca de 20 milhões de euros

O campus de Azurém, fortemente marcado pela aposta na ciência e tecnologia, recebeu o supercomputador “Deucalion” de 26 toneladas, que se traduz num investimento de 20 milhões de euros. A inauguração abriu portas ao primeiro-ministro, António Costa, a Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, e outras entidades governativas e institucionais do ramo da computação científica.

O Deucalion é um supercomputador pertencente à rede europeia de computação avançada (EUROHPC) pelo que “coloca a Europa com 21% de toda a capacidade mundial instalada, fruto do trabalho conjunto de 33 países, entre os quais Portugal”, adianta uma fonte ao +Guimarães. O presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, expressou que enquanto cidade que “aposta na ciência”, vê a transição digital “como um caminho inevitável que permitirá dar resposta aos problemas das sociedades contemporâneas”. Segundo o mesmo vai permitir também a impulsão do avanço tecnológico na economia visto que o computador vai ser disponibilizado a todo o tecido empresarial da FCT.

O Vereador da Câmara acrescentou que é uma “grande projeção a nível internacional e um grande orgulho”, destacando a capacidade do “Deucalion” no “desenvolvimento da ciência, da inovação e das empresas”. O Reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, reforçou a importância do desenvolvimento tecnológico do país, “assumimos esta instalação como uma oportunidade única para integrar comunidades e estruturar a investigação”, disse.

O primeiro-ministro sublinhou que esta nova ferramenta permite que o país “se orgulhe em estar na primeira linha da supercomputação europeia”, e relevou o progresso que o país registou nos últimos 20 anos na formação de quadros qualificados que permitiram “um salto na inovação”. Destaca também que “hoje temos condições que antes não tínhamos, condições essas que permitirão acelerar o processo de crescimento do país. “Temos um sistema científico e empresarial que nos garante que esta ferramenta não será em vão”.

A academia minhota adianta que o computador “mais rápido de sempre estará acessível à comunidade académica, empresas e administração pública”. A sua administração será assegurada pelo futuro Centro Nacional de Computação Avançada. Vem com a premissa de desenvolver o campo da “inteligência artificial, medicina personalizada, design de fármacos e novos materiais, observação da terra e oceanos, combate às alterações climáticas e fogos, criação de smart cities, ordenamento do território, ou mobilidade e veículos”.