O dia integra o movimento “outubro Rosa” que visa o apoio e partilha de vivências com cancro da mama que é um dos mais prevalentes em Portugal.

Celebra-se a 19 de outubro o Dia Mundial da Luta Contra o Cancro da Mama. O dia integra-se na iniciativa “outubro rosa” que tem como objetivo apoiar vítimas de cancro da mama e abrir lugares para partilha de experiências. Segundo a Liga Portuguesa contra o Cancro, a iniciativa anual teve origem nos Estados Unidos da América na década de 90, visando “inspirar a mudança e mobilizar a sociedade para a luta contra o cancro da mama”.

O cancro é associado a uma das doenças que mais contribui para a taxa de mortalidade no país. De acordo com a Liga Portuguesa contra o Cancro, o cancro da mama é o tipo mais comum nas mulheres. A instituição consta, na sua página oficial, que são detetados cerca de 7.000 novos casos de cancro da mama anualmente em Portugal, vitimizando mortalmente cerca de 1.800 mulheres.

Apesar da doença vitimizar na sua maioria mulheres, como é descrito na página oficial da Liga Portuguesa contra o Cancro, 1% dos cancros da mama corresponde a homens. As estatísticas do Global Cancer Observatory publicadas em 2020 revelaram cerca de 1600 casos de cancro no país em ambos os sexos abrangendo todas as idades.

O cancro da mama é o mais significativo globalmente, com uma média de 11,7%, que se traduz em 2 261 419 casos mundiais e 9 958 133 mortes. Portugal destacou-se como um dos países com maior prevalência de casos de cancro da mama com cerca de 7000 casos diagnosticados e 1800 mortes em 2020, de acordo com os dados da Liga Portuguesa contra o Cancro.

As causas do cancro da mama não são conhecidas totalmente, existindo vários fatores que as instituições de saúde relacionam como possíveis contributos. Os fatores que podem contribuir para uma maior predisposição ao desenvolvimento de cancro da mama são o excesso de peso e a dependência química como o consumo excessivo de álcool e tabaco, sendo a idade a de maior risco.

Os mitos associados ao cancro da mama são geralmente relacionados aos estigmas que se criam à volta da doença. Segundo a Associação Amigas do Peito, esses mitos precisam de ser desmistificados e esclarecidos. Um dos principais consta que todos os cancros da mama envolvem mastectomia – cirurgia para remoção completa da mama, podendo, numa fase precoce de diagnóstico, o cancro da mama ser tratado com cirurgia conservadora, em articulação com outros métodos como radioterapia, quimioterapia ou hormonioterapia. A questão de todos os cancros da mama serem iguais também é desmentida na sua plataforma digital, sublinham que “há mais de uma dúzia de tipos de cancro da mama e algumas dezenas de subtipos”.

A prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais para o aumento da sobrevivência e manutenção da qualidade de vida da mulher. Este dia assinala-se como um dos mais importantes no calendário do ano pois preenche o mês de cor-de-rosa dando espaço de partilha e expressão às pessoas que sofrem com uma das doenças mais prevalentes e mortais em Portugal.