O projeto musical promete levar o público a uma viagem mais íntima e profunda às paisagens e belezas naturais da Noruega.

Na noite desta sexta-feira, dia 6 de outubro, o Theatro Circo, em Braga, recebeu o músico escocês Sandy Kilpatrick para a apresentação do seu mais recente trabalho, How Stars Are Made. O espetáculo contou com uma série das suas mais recentes músicas, inspiradas numa longa jornada de autodescoberta, esperança, saudades e conexão com a natureza da Noruega.

How Stars Are Made resulta de uma co-produção do artista com o Theatro Circo e a Casa das Artes de Famalicão, dividindo-se em duas partes: o primeiro álbum, Illuminations composto por 10 canções que traçam uma viagem pelas paisagens frias da Noruega no inverno e pelas deslumbrantes auroras boreais, que são apresentadas como as maiores inspirações do autor. Já a segunda parte tem o seu lançamento previsto para 2024 e conta com alusões ao sol, ao deserto e a “um mundo bem diferente” da Califórnia que garante um forte “contraste com a Noruega” a partir de inspirações na cultura musical americana, menciona Sandy Kilpatrick.

O espetáculo iniciou-se com um canto celestial envolvido com sons da natureza, como trovões e leves barulhos de chuva. Em performance, o músico foi acompanhado por André Silvestre (piano e teclados), João Robim (bateria e guitarra) e por Luís Poças (guitarras), recorrendo assim a uma sonoridade mais contemporânea e electrónica no seu novo álbum.

Já ao fundo do palco, um ecrã apresentou o longo trabalho de filmagens cinematográficas e de pesquisas do autor durante a sua viagem à Noruega. As canções foram ilustradas visualmente com as imagens das paisagens invernosas, da neve e das auroras boreais, combinadas com diferentes cores de iluminação quentes e frias que garantiram um maior apelo às sensações do público.

Os destaques musicais da noite cabem a músicas como The Ascending Light, em que o artista faz uma homenagem à sua falecida cunhada, que tinha o sonho de viajar o mundo com o seu marido, mas não teve a oportunidade de fazer o sonho acontecer. Essa situação fez com que Kilpatrick refletisse sobre qual seria o seu “maior sonho”, finalmente a concluir que sonhava em “ver uma aurora boreal na Noruega”.

The Spark retrata a primeira vez que o músico conheceu a sua esposa, há cerca de 30 anos, por meio das artes visuais e plásticas numa faculdade, em Inglaterra. Na canção, o compositor explora a liberdade de ter conhecido o seu grande amor. Já Mesmerized, com vocais mais fortes, retrata a experiência e o entusiasmo de Kilpatrick ao conhecer o inverno norueguês.

Em interação com a plateia, Sandy Kilpatrick cantou também uma canção mais animada, Fly Bird Fly, que faz alusão a temas como a sua jornada pela liberdade. Já inspiradas na “coragem para lutar”, na saudade de casa e na nostalgia, o músico também apresentou Distance’s on North, Golden Light, Cosmo e Overflow, em que recorre a sua “grande inspiração pela natureza” durante a composição do projeto.

Numa temática diferente, The Meditation Stone ilustra um contexto imaginário que remete aos sentimentos de medo e de incerteza do autor durante a pandemia da Covid-19. Dessa forma e a contar com um íntimo programa musical, How Stars are Made garante um apelo à diferentes sensações através de uma conexão audiovisual entre o projeto e o público.