A unidade pode estar em risco, caso não haja uma alteração no FCT Tenure.
Rui Vieira de Castro, reitor da universidade do Minho, afirma que o programa lançado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT Tenure) não é capaz de manter o bloco de investigação ativo. O reitor apela para a alteração do programa por parte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) confirma o envio de uma proposta na qual propõe dois programas ao Ministério, que declaram estar abertos a negociações, afirma Rui Castro. O órgão aponta que existem 2000 investigadores que estão contratados a termos no sistema científico nacional. O conselho destaca ainda a disponibilidade do CRUP para a ajuda da alteração deste programa, FCT Tenure. Visa a garantia, ao longos dos anos, na vinculação das pessoas são séniores e têm trabalho de qualidade realizado.
O FCT Tenure planeia responder à falta de recursos humanos, principalmente docentes, nos próximo quatro anos, devido à prevista aposentação. No entanto, o reitor da UMinho, demonstra-se incerto relativamente às soluções apresentadas por este programa, afirmando que os perfis “não têm correspondência”.
Dentro de dois anos, na universidade do Minho, cerca de 200 vínculos irão cessar. O CRUP propõe a construção de um programa que seja capaz de corresponder às expectativas dos investigadores, sendo possível preservar equipas, projetos estratégicos e os mais de 40 investigadores de carreira da UM. Rui Vieira de Castro critica o Governo, realçando a falta de investimento na área da ciência, destacando que colocam as verbas com valores iguais aos de 2010.
De momento, o reitor afirma aguardar resposta do Ministério, para que seja possível saber o rumo que ele vai assumir. Anuncia assim, uma iniciativa onde irá conversar com os investigadores para que possa aprofundar o conhecimento do estado da situação e as respetivas soluções apresentadas.