A 17 de novembro foi lançado o disco Calma, composto ao lado de Diogo Clemente. As doze novas músicas completam o álbum Caos, que foi lançado a 10 de março.

O álbum transpira tranquilidade e reflexão não apenas através da melodia, mas também das mensagens profundas que se destacam em cada música. É de notar que existe uma enorme capacidade de nos levar para diferentes e cativantes universos, enquanto explora diferentes géneros musicais.

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Na música “Sem mim”, Carolina é apenas acompanhada por um instrumento, que enfatiza a calma e tristeza desta música. Ao longo da canção a artista estabelece uma comunicação com o “amado”. Declarando que se o desejo dele é sair da sua vida, conhecer o mundo e ter experiências novas sem ela, pede que o faça.

Contudo, Deslandes demonstra a plena noção que o amado possa ter essa vontade a magoa, mas também afirma que é uma forma dele perceber “Que podes ter tudo, mas não há mundo sem mim”. Assim, enumera os momentos que ele pode acabar por vir a ter quando ela não estiver mais lá, acabando por não ser nada de especial “Se eu não estiver lá/ Mais valia não teres saído do quarto”.

“Borboletas” é a quarta música do álbum. Na introdução, recorre a instrumentos melódicos como o violino para representar o clima de incerteza. Nesta canção, as borboletas representam o momento em que estamos apaixonados e sentimos as “borboletas na barriga”. Assim, a artista quer saber onde andam as borboletas e dirige-se a um “tu” – dando a entender que foi ele quem as levou.

Esta falta de borboletas simboliza a inexistência de nervosismo que o amor provocava, havendo agora apenas fúria “A minha voz está rouca de tanto gritar contigo”. Desta forma, a melodia da voz e dos instrumentos unem-se, intensificando a incerteza e raiva que perturbam a artista.

Em “Troquem-me o coração” a artista expõe que, apesar de alguém a ter magoado, ela continua a amá-lo , cantando “(…) como eu te amo”. Ao dirigir-se ao amado, afirma que podem fingir que nada aconteceu, despedindo-se dele sem o magoar “sem o saber”. Existe a repetição do verso “Troque-me o coração” dando ênfase ao desespero que carrega porque ama alguém que não merece. Deslandes pede que lhe troquem o coração para que não precise amar da forma como o faz, implorando: “Que não me mentiste”.

Em geral, o álbum retrata o sofrimento que, muitas vezes, enfrentamos com o amor. É assim a segunda visão do álbum Calma, em que de uma forma calma ela aceita este sofrimento, espelhando autenticidade numa fusão de emoções.