O aluno de direito destaca um "quadro particular urgente" com o agravamento dos problemas dos estudantes.
Luís Pereira formalizou a sua candidatura à direção da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) na sua rede social, apresentando-se como cabeça da Lista H, lista adversária à Lista A nestas eleições.
Declarações de Luís Pereira
Em conversa com o ComUM, o estudante de direito lamenta as condições enfrentadas pela comunidade estudantil e refere que muitos alunos “se vêm forçados a abandonar os seus sonhos e o ensino superior”. A ação social não tem colmatado os problemas sentidos e Luís Pereira destaca a “falta de camas” e o recorrer ao alojamento privado, “onde se partilham rendas elevadíssimas”.
O estudante lamenta ainda o valor das bolsas e “o atraso da atribuição das mesmas”, acompanhados dos valores das refeições e do desiquilíbrio entre o número de cantinas disponíveis e o número de estudantes. Luís Pereira acredita que “a democracia dentro da academia está em causa” e que as vozes dos estudantes são limitadas. O Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) permitiu um número mínimo de 15% de estudantes no Conselho Geral, algo que considera “muito pouco”. O candidato realça um favorecimento “a empresas externas e outras entidades na gestão da academia”.
Apela, desta forma, a uma nova alternativa que materialize “uma academia dos estudantes para os estudantes”. Luís Pereira procura uma associação académica que trabalhe continuamente para um ensino superior “público, gratuito, democrático e de qualidade”. Pretende lutar para acabar com os problemas que assolam a comunidade estudantil e defende que “a força dos estudantes é mais do que capaz” para quebrar esta crise.
Em declarações à RUM, declarou que a sua lista acarreta estudantes de licenciatura, mestrado e doutoramento, residentes no alojamento estudantil, que defende que sentem mais estes constrangimentos financeiros.