Aproximar os estudantes do Conselho Fiscal e Jurisdicional é um dos principais objetivos da lista T.

As eleições para a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) decorrem na próxima quarta-feira, dia 6 de dezembro, através da plataforma e-votum. Cláudia Matos candidata-se ao Conselho Fiscal e Jurisdicional (CFJ), representando a Lista T. Em entrevista ao ComUM, a estudante de sociologia realça a importância da transparência dos assuntos do CFJ e da proximidade que este órgão deve ter com os alunos da academia minhota.

Entrevista a Cláudia Matos na íntegra

 

ComUM – Primeiramente, gostávamos de saber o que motivou a tua candidatura?

Cláudia Matos – A minha candidatura não é uma aspiração individual, mas sim de todos os envolvidos neste projeto, o CFJ. A lista T reconhece que o CFJ é um órgão pouco conhecido pelos estudantes, que nem conhecem as suas funções nem as suas competências, e é aí que nos focamos. É essa proximidade que pretendemos fomentar, para que os estudantes efetivamente percebam o papel do CFJ na defesa dos seus interesses.

ComUM – Quais é que são os objetivos da lista T e de que forma é que pretendem implementá-los?

Cláudia Matos – Achamos que o CFJ não se deve focar só na parte das contas da Associação Académica. Essa também é uma das suas funções, mas não só. Por exemplo, as moções apresentadas em RGA pelos estudantes devem ser valorizadas. O que aconteceu na última RGA em que foi apresentada uma moção na qual foi apontada a falha na divulgação das RGA e, uma vez que a moção foi aprovada, deve ser feito algo relativamente a isso. Não pode haver uma aprovação e depois a ação não corresponder a esta situação. Achamos que o CFJ deve ser intransigente nessas situações, garantir que os estatutos sejam cumpridos e que as moções, quando apresentadas e aprovadas, se tornem numa realidade.

ComUM – O que pensas que tem falhado nos últimos anos no Conselho Fiscal e Jurisdicional?

Cláudia Matos – Tal como já referi, foi a proximidade. O facto de os estudantes não conhecerem o que o CFJ pode ou não fazer, da forma como podem agir, causa um desconhecimento, causa um afastamento entre o CFJ e a comunidade académica. Acho que é isso que influencia esta situação.

ComUM – A candidatura da lista T foca-se na ideia de transparência e de proximidade com os estudantes ao Conselho Fiscal e Jurisdicional, pretendendo dar foco a essas competências que são mais ligadas à vida dos estudantes. É dessa forma que a lista acredita que se vai distinguir da lista de oposição?

Cláudia Matos – Precisamente! Acho que essa parte é crucial, porque a partir do momento em que os estudantes percebem e se veem representados num órgão, sentem uma proximidade com as pessoas que os estão a representar. É uma relação próxima, é uma relação com os estudantes. Sentem que está alguém nestes cargos a defender os seus interesses e a cumprir com aquilo que é estatutário.

ComUM – Ultimamente, tem havido um número de abstenção elevada. O que é que esperas para este ano?

Cláudia Matos – Por exemplo, houve um debate na quarta-feira (29/11/2023), no qual eu estive presente e, efetivamente, não houve muita adesão, mas eu espero que seja maior em comparação aos outros anos. É precisamente por isso que a nossa campanha tenta ser mais próxima. Procura estar mais presente e ter um maior contacto direto com os estudantes. É por aí que estamos a tentar que eles adiram, que queiram votar e que se importem. Achamos que o contacto direto é crucial para conseguir que os estudantes se interessem, queiram votar e queiram exercer o seu voto.

ComUM – Para terminar, tens alguma mensagem que gostarias de deixar aos estudantes?

Cláudia Matos – Eu acho que, independentemente de votarem na lista T, que obviamente é isso que eu pretendo, penso que os estudantes devem sim tentar informar-se relativamente àquilo que as listas promovem. Devem decidir em conformidade com qual é que eles se sentem mais representados e qual eles acham que melhor os representa. Votar naquela que irá defender aqueles que são os seus interesses, porque no fundo é assim que se assegura a democracia dentro da academia. É importante que os estudantes possam exercer o seu voto através da informação que nós disponibilizamos, no nosso caso com os manifestos, com os programas, com aquelas que são as nossas ideias e com aquilo que pretendemos desenvolver.