“Conscientes da responsabilidade” é o slogan da lista C.
As eleições para os diferentes órgãos da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) decorrem na próxima quarta-feira, dia 6 de dezembro, através da plataforma e-votum. Francisco Silva candidata-se ao Conselho Fiscal e Jurisdicional (CFJ). Em entrevista ao ComUM, o aluno destaca a transparência e a envolvência dos estudantes, juntamente com o rigor, como principais objetivos da lista C.
Entrevista a Francisco Silva na íntegra
ComUM – O que é que motivou a tua candidatura ao Conselho Fiscal e Jurisdicional da AAUMinho?
Francisco Silva – Esta motivação partiu muito de uma envolvência com a própria organização, ou seja, eu já fiz parte da mesa da reunião geral de alunos e, este ano, da própria direção. Tendo em conta toda a envolvência que a estrutura tem com a comunidade académica, eu acho que é muito importante nós continuarmos a fazer um bom trabalho e continuarmos a tentar trabalhar sempre em prol dos estudantes. É a partir desta lógica que esta lista também concorre ao Conselho Fiscal e Jurisdicional, ou seja, esta lista é multifacetada e, em termos de pluralidade, eu diria que temos bastante diversidade de experiências e bastante diversidade de membros. Portanto, o nosso objetivo é sempre conseguirmos trabalhar em prol dos estudantes e fazer o máximo possível por eles.
ComUM – Gostávamos então de saber quais são os principais objetivos da lista C?
Francisco Silva – Os objetivos da nossa candidatura surgem de uma vertente interna e externa, à semelhança do que tem vindo a ser feito pelo Conselho Fiscal e Jurisdicional, mas com algumas alterações. Portanto, a nível interno, o nosso objetivo será sempre continuar a acompanhar a Associação Académica e a demonstrar também isso aos estudantes, ou seja, fazer um acompanhamento regular com as reuniões periódicas mais a nível consultivo. Nós pretendemos aconselhar a Associação Académica porque está lá o Conselho Fiscal e Jurisdicional que é o único órgão consultivo existente à parte da direção da Associação Académica.
Depois, na vertente externa, temos aqui uma vertente mais de envolvimento com a comunidade académica, ou seja, o nosso objetivo passa muito por comunicar aos estudantes aquilo que é feito pelo Conselho Fiscal e pela direção da Associação Académica. Queremos também facilitar o acesso aos documentos que são partilhados normalmente em reuniões gerais de alunos, pois acaba por não existir um histórico de documentos para que as pessoas recém interessadas nesta parte também consigam acompanhar todas as informações.
ComUM – De seguida, gostaria de saber o que é que tu consideras que nos últimos anos tem falhado mais no Conselho Fiscal e Jurisdicional?
Francisco Silva – Eu acho que o que tem falhado mais acaba sempre por ser a transmissão da informação. Eu acho que ao nível de pareceres aquilo que o Conselho Fiscal e Jurisdicional faz é muito fácil de transmitir porque é apresentado em reuniões gerais de alunos (RGA) e isto acaba por ser um documento partilhado, logo toda a gente tem acesso. Porém, o Conselho Fiscal e Jurisdicional não trabalha apenas naquela situação. Existe aqui todo um acompanhamento que é feito, ao longo do ano, à direção da Associação Académica que, na minha opinião, não tem vindo a ser partilhado assim tão eficientemente. Ou seja, o nosso objetivo, como também já foi referido em algumas situações e também como está no nosso manifesto, é conseguir partilhar toda a informação em relação ao trabalho do Conselho Fiscal e Jurisdicional e ter esta transparência com os estudantes.
ComUM – De que modo é que tu pretendes pôr em prática essa envolvência com os estudantes?
Francisco Silva – A envolvência com os estudantes parte sempre de duas vertentes muito importantes. A primeira, sempre em reuniões gerais de alunos, porque é um momento em que os órgãos também se juntam para debater e para apresentar aos estudantes aquilo que é feito ao longo do ano e aquilo que é feito nos momentos mais importantes do mandato da Associação Académica. Depois tem sempre a segunda vertente que deverá decorrer ao longo do ano, fora das RGA, mais numa vertente virtual, através das páginas da Associação Académica, do website, das redes sociais, porque presencialmente é sempre muito complicado chegar aos estudantes. Assim como através dos e-mails dos próprios estudantes ou, possivelmente, criar uma plataforma, como já referi também em outras entrevistas. Isto é algo que depois também tem de ser averiguado.
ComUM – Nós sabemos que a maioria dos estudantes não conhece nem sabe para que é que existe este órgão. Na tua opinião, por que razão os estudantes não se querem envolver tanto na política da universidade?
Francisco Silva – Eu acho que a razão principal para os estudantes terem algum ceticismo em envolver-se nesta política da universidade é esse mesmo ponto. É que é uma questão um bocadinho mais política e muitos jovens acabam por não se querer envolver tanto exatamente por isso. Não está ao nosso alcance conseguir resolver esse problema, mas o ponto que nós conseguimos resolver é efetivamente o da desinformação. A Associação Académica representa 20 mil alunos. É impossível conseguir informar todos da mesma forma. É exatamente por isso que é necessário existir um Conselho Fiscal e Jurisdicional que filtre esta informação para a sociedade.
ComUM – De que forma é que achas que a lista C difere da oponente?
Francisco Silva – A nossa lista foi constituída numa base de tentarmos trazer o máximo de experiência associativa possível. Ou seja, todos os elementos da nossa lista ou têm uma experiência associativa em núcleos estudantes, ou em Júnior Empresas, ou na própria Associação Académica, ou até mesmo atletas, que acabam por também ter algum percurso relacionado com esta vertente da Associação Académica. Portanto, nós temos aqui uma experiência muito vasta e uma pluralidade gigante que nós achamos que acaba por distinguir a nossa, da outra.
ComUM – Para terminar, gostaria de saber se tinhas alguma mensagem que pretendesses deixar aos estudantes da academia.
Francisco Silva – Eu gostava de lhes dizer que a lista C é uma lista experiente, é uma lista com pluralidade de gerações, que é uma lista que representa grande parte da academia minhota. Somos conscientes da responsabilidade, sendo uma lista que acha que consegue aconselhar e fiscalizar a AAUMinho da melhor forma possível. No fundo, o nosso principal objetivo é trabalhar em prol dos estudantes. Poderão usufruir do voto no dia 6 e, portanto, na minha opinião, o melhor que deverão fazer é votar na lista C.