Depois de duas grandes noites, o VII Tunão chegou ao fim.
Na sua primeira edição internacional, o Tunão veio alegrar as ruas de Braga. Com uma semana coberta de bordô e preto, nenhum estudante ficou indiferente a este evento.
De forma a aproximar a tuna da comunidade estudantil, quarta-feira, dia 15 de novembro, o Largo dos Peões recebeu o Arraial Tas’ca Piela. Nesta noite, foram servidas bebidas e comida enquanto 25 equipas participavam no rally. Dos três grupos convidados, a Bomboémia, a Augustuna e a Azeituna, apenas o primeiro atuou. As outras duas atuações foram canceladas devido ao mau tempo, fazendo os seus membros apenas parte do convívio.
Dois dias depois, sexta-feira, celebrou-se os 11 anos de existência da Tun’ao Minho. Apesar de o dia ser da tuna organizadora, as Serenatas foram dedicadas a Braga. Ao bater das 22 horas, as vozes estudantis da tuna organizadora, tunas a concurso e tunas extraconcurso ecoaram no Salão Medieval da Reitoria da Universidade do Minho.
Para abrir a noite, a Tun’ao Minho subiu ao palco. “Vida Tão Estranha”, “Tu Gitana” e “Devolve-me” foram os temas tocados pelo grupo, juntamente com espetáculos de estandarte. Finda a atuação da tuna organizadora, deu-se, oficialmente, início à noite de serenatas.
Ao longo da noite, o palco teve a presença da Vibratuna, TFEP, Tun’Obebes, TFIPCA, Tuna Feminina de Medicina de Valencia e, finalmente, da TUM que, tal como a Tun’Obebes, participou como tuna extraconcurso. Uma noite memorável com diversos espetáculos de estandarte e originais apresentados previa a grande final que se aproximava, marcado por mais uma edição de LipSync no Bar Académico.
A tarde do dia 18 de novembro foi marcada por muita alegria no Parque de São João da Ponte. Com uma oficina de percussão promovida pelos Bomboémia e uma campanha de adoção por parte da ADAAVV – Associação para a Defesa dos Animais e Ambiente de Vila Verde, os sorrisos invadiram o espaço. Além disso, houve ainda uma recolha de adoção e alimentos pela ADAAVV que, posteriormente, serviram para apoiar os animais desta associação.
Já no Altice Fórum Braga, deu-se início ao evento mais esperado da semana: a noite de espetáculo. Durante cerca de três horas, o público pôde presenciar a atuação de diversas tunas, bem como a apresentação da dupla Página Solta que, ao longo da noite, foi entretendo os espectadores com diversos textos e rimas preenchidas de humor.
A primeira tuna a subir a palco foi a única tuna extraconcurso da noite: a Afonsina – Tuna de Engenharia da Universidade do Minho. A sua atuação iniciou-se com um original “Caravela”, acompanhado de um espetáculo de estandarte, tal como as restantes músicas. “Onde Acaba o Oeste” foi o tema escolhido seguidamente, cantado por dois solistas, e “Siga a Marinha” foi a música que deu continuidade a esta apresentação. Perto do fim, “Perdoei” entoou pela sala, cujo espetáculo de estandarte se destacou num jogo de luzes. Terminada a sua atuação, “Afonsina”, a sua música mais popular, foi a escolhida para fechar a sua presença no festival, despedindo-se assim do público presente.
Vindas de Espanha, a primeira tuna internacional a concurso na história do Tunão subiu a palco: a Tuna Feminina de Medicina de Valencia. Sem qualquer palavra proferida, a sua apresentação iniciou-se com a melodia da sua primeira música, acompanhada com um espetáculo de capa e pandeiretas, animando os espectadores com a sua visível alegria. Após um pequeno diálogo com o público, prosseguiram a sua atuação com “Odia-me”. Acompanhada de um espetáculo de pandeireta e estandarte, “Espanhola” foi o terceiro tema escolhido por este grupo para interpretar na sua atuação. De seguida, apresentaram uma música de amor, “Quiera me”, para encerrarem a sua apresentação com “Valencia”, que foram cantando enquanto saíam do palco.
Após a tuna internacional, quem subiu a palco foi a TFIPCA (Tuna Feminina do IPCA), vinda de Barcelos. Este grupo abriu a sua atuação com a música “Anda Estragar-me os Planos”, já bem conhecida pelo público. Seguidamente, “Baile das Palavras” foi acompanhada de um espetáculo de pandeiretas e estandarte. Estando já a meio da atuação, “Lembra-me Um Sonho Lindo” e “Ler Devagar”, este último um instrumental, foram os temas interpretados por esta tuna. Para terminar a sua presença no festival, “Terra da Lenda”, uma música adaptada ao original “Deusa do Norte” da tuna organizadora, foi a escolhida para findar a sua atuação, juntamente com um espetáculo de estandarte e pandeiretas.
Diretamente da cidade Invicta, a TFEP – Tuna Feminina de Economia do Porto iniciou a sua atuação com um solo, “Fuego Liento”, acompanhado de um espetáculo com capa, seguindo com a música “Os Senhores da Guerra”. A meio da atuação, foi apresentado o seu instrumental, acompanhado por estandarte e pandeiretas. A quarta música escolhida pelo grupo foi o seu original “Falésia” que por fim, interpretou a música “Vinho do Porto”, acompanhando a mesma, uma vez mais, com um espetáculo de estandarte e pandeiretas.
A Tuna Feminina da UTAD, Vibratuna, foi a última a atuar. A sua apresentação iniciou-se com um instrumental “Revolução”, acompanhado de um espetáculo de estandarte e pandeiretas. Seguidamente, atuaram com um solo “O Meu Nome é Saudade”. Traçando as suas capas negras, “Se Voltas Não Vás” foi a música interpretada de seguida, com um espetáculo de estandarte. Com o mesmo acompanhamento, para além de pandeiretas, “Conversas ao Vento” foi a penúltima canção apresentada pela tuna. Para findar a sua atuação, o seu original, que consideram como sendo o seu hino, “Ale’UTAD”, foi acompanhado de pandeiretas e estandarte.
Para fechar a noite, a última atuação foi da tuna organizadora, a Tun’ao Minho. A tuna abriu o seu espetáculo com “Sol de Inverno”, acompanhado de um espetáculo de estandarte. Também acompanhada com o estandarte, “Estrela de Alva” foi a segunda música da noite do grupo. Já bem conhecida pelo público minhoto, foi interpretada a “Embalo de Coração”, novamente acompanhada com um espetáculo de estandarte, mas também de pandeiretas. Seguidamente, foi a “Deusa do Norte”, original da Tun’ao Minho, que ecoou pelo Altice Fórum.
A tuna agradeceu ao público presente e aos patrocinadores do festival, deixando algumas palavras de carinho aos mesmos e atribuindo um quadro com uma capotilha emoldurada a quem sempre as acompanhou, o Carpe Noctem. Assim, entregaram os prémios de participação a cada uma das tunas a concurso e extraconcurso, antes de procederem à entrega dos restantes prémios.
Prémios:
Tuna Mais Lip-Sync: Vibratuna
Melhor Serenata: Tuna Feminina de Valencia
Melhor Estandarte: TFEP
Melhor Pandeireta: TFEP
Melhor Instrumental: TFEP
Melhor Solista: Vibratuna
Melhor Original: TFIPCA
Tuna Mais Solidária: TFIPCA
Melhor Tuna: TFIPCA
Tuna + Tuna: Vibratuna
Depois da entrega dos prémios, ainda houve espaço para a tuna apresentar o seu original, “Trovas de Amor”, acompanhado de um espetáculo de pandeiretas. Por fim, a mesma despediu-se e encerrou o festival com a música “Trem das 11”.