A música é uma forma universal de expressão artística que transcende barreiras culturais e linguísticas. Os álbuns conseguem capturar pequenas histórias dos artistas e criar novas ramificações únicas de cada ouvinte. Em 2023, foram diversos os álbuns que marcaram o ano. O ComUM escolheu alguns dos discos mais marcantes.
EXIST, EXO – Num ano com tantos sucessos no K-Pop, há alguns que se destacam, entre eles, Exist. O sétimo álbum do grupo sul-coreano EXO marcou o regresso do boy-group após um longo hiatus. Não seguindo as tendências que assolaram a industria musical sul-coreana nos últimos tempos, este albúm está entre os melhores do ano, destacando-se pela qualidade e indubitavel originalidade.
Ganger, Veeze – No seu segundo álbum de estúdio, o rapper de Detroit combina a sua presença hipnotizante com uma caneta afiada e um sentido de humor por vezes ultrajante, Barras do calibre de “I’m a dirty pop king, I’m buyin’ Neverland” abundam ao longo das 21 faixas do projeto (26 na versão deluxe). A destreza de Veeze no microfone é inegável, assim como a sua versatilidade: o rapper brilha tanto em instrumentais efusivos e enérgicos como o da faixa de abertura, Not a Drill, como em registos mais melódicos e melancólicos – Unreleased leak e Safe 2 são o melhor exemplo disso no álbum. Um favorito instantâneo.
SUPER, Jão – Com cada um dos seus quatro álbuns de estúdio a repressentar um elemento da Natureza, o cantor brasileiro conclui o conceito com o “álbum Fogo”. Ao longo de 14 faixas, SUPER explora a raiva e o amor próprio, temas esquecidos nas produções anteriores . Navegando por vários gêneros, Jão aborda com maestria e profundidade as diversas faces do amor e da sensualidade, encerrando com a temática das mudanças e da luta pelos sonhos. O artista está “em chamas” – e prevê-se que brilhe durante muito tempo.
hortelã, MARO – 2023 não teria sido o mesmo sem o lançamento do álbum hortelã de MARO. Divulgado em abril, o projeto da artista portuguesa conta com 10 faixas, oito das quais em português. O disco é sem dúvida uma viagem íntima aos mais profundos sentimentos da cantora, onde esta revela um lado de si nunca antes visto. É com a sua característica rouquidão e ao auxílio de uma guitarra que MARO se revela ao mundo como um ser frágil e sentimental, mas também esperançoso. As músicas são adornadas, na sua totalidade, com ritmos serenos e melodias doces que se entranham na mente dos ouvintes. É por isso, um álbum cativante e invulgar carregado de paixão. Uma particularidade bastante interessante é que hortelã foi executado apenas com recurso a vozes e guitarras. Tal parece enfatizar a sinceridade que recheia a obra, por ser algo puro, instantâneo e genuíno.
GUTS, Olivia Rodrigo – Lançado em setembro, o segundo álbum de Olivia Rodrigo marcou o ano de 2023 com a sua sonoridade diversificada. O retorno da cantora exala o sentimento por detrás do fim da adolescência, envolvido em músicas energéticas e baladas suaves. A produção demonstra influências de rock e alternativas, com letras que criam um ambiente de identificação entre os ouvintes e a artista. Assim sendo, tornou-se devidamente num dos mais aclamados álbuns do ano.
Artigo por Letícia Oliveira, Filipa Correia , Constança Costa, Afonso Lopes, Miriam Ramirez