A 66.ª edição dos Grammy Awards ocorreu na madrugada desta segunda-feira, dia 5 de fevereiro, na Crypto.com Arena em Los Angeles. É a quarta edição apresentada pelo comediante Trevor Noah, destinada a honrar o melhor da música lançada entre 1 de outubro de 2022 e 15 de setembro de 2023. Provou ser uma noite histórica marcada pela quebra de recordes. Hazel, a filha da artista Victoria Monét, tornou-se a nomeada mais jovem, com apenas dois anos, na categoria Melhor Desempenho de R&B Tradicional. Além disso, Taylor Swift é agora a única artista com quatro gramofones na categoria de Álbum do Ano.
Foi Dua Lipa que abriu a cerimónia com o sucesso “Dance the Night Away” de Barbie (2023), em conjunto com “Houdini” e o seu novo single “Training Season”. O espetáculo de tributo da noite, em que participaram Stevie Wonder, Annie Lenox, Lenny Kravitz, Jon Batiste, Oprah Winfrey e Fantasia Barrino, honraram artistas como Tony Bennet, Sinéad O’Connor, Bill Withers, Tina Turner e o executivo Clarence Avant. O grupo irlandês U2 também participou na cerimónia com a primeira atuação televisada da nova arena Sphere de Las Vegas.
Joni Mitchell subiu pela primeira vez ao palco dos Grammys para cantar “Both Sides Now”, 55 anos depois do seu lançamento, acompanhada por Brandi Carlile. No final da atuação foi lhe entregue o prémio de Melhor Álbum Folk graças a Joni Mitchell at Newport (Live). Destaca-se mais um ícone da música, Billy Joel, que apresentou o seu primeiro single em 17 anos, “Turn The Lights Back On”.
Billie Eilish apresentou “What Was I Made For?”, uma das músicas da trilha sonora do êxito de bilheteira Barbie (2023), com a qual alcançou a distinção de Música do Ano. Miley Cyrus apresentou “Flowers”, a música que lhe permitiu receber os seus primeiros dois títulos, Gravação do Ano e Melhor Performance Solo de Pop. Os restantes artistas que atuaram foram Tracy Chapman com Luke Combs, SZA, Olivia Rodrigo, Travis Scott, e Brandy com 21 Savage e Burna Boy.
A artista mais nomeada foi SZA, com 9 indicações. No entanto, a grande vencedora foi Phoebe Bridgers, que recebeu prémios pela sua carreira a solo e em conjunto com a sua banda, Boygenius, somando quatro vitórias: Melhor Performance de Duo/Grupo Pop, Melhor Álbum de Música Alternativa, Melhor Música Rock e Melhor Performance de Rock.
Esta edição contou com três novas categorias, resultando num total de 94 estatuetas, e com uma diminuição do número de nomeados dos quatro prémios principais (Álbum do Ano, Gravação do Ano, Canção do Ano e Artista Revelação), de dez para oito. A cantora Taylor Swift foi consagrada com Álbum do Ano, por Midnights, tornando-se a primeira pessoa a receber quatro Grammys nesta categoria. Victoria Monét foi galardoada com o prémio de Artista Revelação.
A noite não acabou bem para todos os participantes. O rapper americano Killer Mike foi detido devido a um confronto dentro da Crypto.com Arena, após ter conquistado três títulos: Melhor Música Rap, Melhor Performance de Rap e Melhor Álbum de Rap. O rapper e ativista é defensor da causa contra o racismo nos EUA e a violência policial.