Lançado a 12 de setembro de 1975, Wish You Were Here é um álbum melancólico que busca a presença de empatia nas relações humanas.

“Shine On Your Crazy Diamond”, dividida em duas partes, inicia e encerra o álbum e é uma homenagem a um dos membros, Syd Barrett. Ao ouvir esta obra, o seu instrumental escrito por David Gilmour, transporta o ouvinte para outra realidade. É, assim, através da junção da melodia com a letra escrita por Roger Waters que exprimiram o seu estado de melancolia.

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Por outro lado, “Welcome To The Machine” pode não ser uma favorita mas torna-se importante escrever sobre esta faixa visto que, é uma crítica mordaz à indústria da música e à sociedade de consumo. Ao analisarmos a letra, percebemos que esta retrata um ambiente impessoal e desumano, onde os indivíduos são tratados como peças de uma máquina, sujeitos a pressões e expectativas irracionais. A imagem da “máquina” serve como uma metáfora para o sistema capitalista, onde a arte e a expressão pessoal são frequentemente subjugadas em favor do lucro e do controle.

“Wish You Were Here” é a música que dá nome a este álbum. Através da sua simplicidade e da emoção transmitida por David Gilmour acompanhado por uma guitarra no início da música, fala sobre a ausência de um amigo e a solidão que isso pode causar. (‘So you think you can tell / Heaven from hell’; ‘How I wish / How I wish you were here’)

Além das músicas, destaca-se a impressionante capa deste álbum. Criada pelo designer gráfico Storm Thorgerson em colaboração com a banda, é uma obra de arte visualmente impactante que adiciona uma camada de profundidade ao significado do álbum. Vemos que representa dois homens a apertar as mãos como se tivessem acabado de realizar um negócio enquanto um deles está em chamas. Desta forma, sublinha o tema central do álbum, a ausência e a perda, particularmente em relação a Syd Barrett. Esta imagem transmite a ideia de alguém que está presente fisicamente, mas ausente emocionalmente.

Assim, Wish You Were Here é um álbum que leva a cada membro da banda a transmitir a emoção que sentia. Torna-se impactante pela forma como consegue que as música fluam entre si, criando uma narrativa que leva a quem a está a ouvir para uma viagem emocional.