O líder do PS reconhece que, embora a medida relativa ao IRS Jovem tenha sido benéfica para estimular o retorno ao país dos jovens que emigraram, "não é perfeita".
Pedro Nuno Santos discursou ontem, em Lisboa, no encerramento da apresentação do manifesto eleitoral da Juventude Socialista para as próximas legislativas (10 de março). Enfatizou a necessidade de garantir que nenhum jovem fosse privado de prosseguir os estudos universitários devido “à capacidade financeira”, particularmente relacionada com o alojamento. Expressou a intenção de estender o IRS Jovem a “todos os jovens” e aumentar os apoios ao alojamento de estudantes universitários deslocados, incluindo aqueles de famílias de classe média.
O secretário-geral do PS observou um esforço crescente para a construção de residências universitárias nos últimos anos, destacando que o país ainda está distante de atingir as metas necessárias nesse âmbito e reconheceu a dificuldade de acesso ao alojamento. Propôs, então, ampliar o apoio nesta área não apenas para os beneficiários de bolsas, mas também para “jovens não bolseiros, de rendimentos acima dos mais carenciados”.
O ex-ministro da pasta da Habitação concordou com as propostas da JS em relação à saúde mental. Abraça a ideia da implementação de um programa para fortalecer as equipas de psicólogos nas universidades, agrupamentos escolares e centros de saúde.
Miguel Costa Matos, secretário-geral da JS, apresentou algumas propostas do seu manifesto eleitoral: a abolição das propinas nas licenciaturas, a extensão do período de interrupção voluntária da gravidez (até às 14 semanas) e a implementação da poupança básica universal (destacada como prioritária). Um sistema em que o Estado concede um valor em certificados de aforro desde o nascimento, resgatável na maioridade.
Quanto à atualidade política, o líder do PS criticou a manifestação anti-islâmica programada para o mesmo dia, em Lisboa, e fez alusão à direita política “recauchutada na Aliança Democrática do antigamente”, associando-a à extrema-direita e ao ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, “aquele que disse aos jovens para não serem piegas e emigrarem”.