A cerimónia tomou lugar no Salão Medieval da Reitoria em Braga.

As celebrações dos 50 anos da Universidade do Minho oficializaram-se hoje, a 17 de fevereiro. A cerimónia tem especial importância porque culmina as celebrações do quinquagésimo aniversário da revolução de abril com a tomada de posse da Comissão Instaladora da Universidade.

O aniversário começou pela manhã com a recriação do cortejo académico realizado durante a inauguração da Universidade do Minho, pelo então Ministro da Educação Nacional, Professor José Veiga Simão, que assumiu posse da Comissão Instaladora da Universidade e empossou o primeiro reitor da instituição, professor Carlos Llyod Braga. O cortejo hoje contou com a presença do Reitor que preside o cargo atualmente, Rui Vieira de Castro, e professores estruturantes da instituição das diferentes escolas e institutos com a atuação da Tuna Universitária do Minho.

A cerimónia teve início com o Coro Académico da Universidade do Minho (CAUM) a cantar o hino da Universidade acompanhado por uma Banda Filarmónica. A primeira intervenção foi do reitor da Universidade, Rui Vieira de Castro, que elencou os diferentes marcos da instituição durante o ano de 2023 e as suas principais conquistas desde a sua inauguração felicitando estes 50 anos. O reitor reforçou também o papel das celebrações do 25 de abril para o país e a academia “a revolução do 25 de abril de 1974, com todas as suas tensões e contradições, abriu caminho a profundas mudanças na sociedade portuguesa (…) estas mudanças constituíram o pano de fundo do desenvolvimento da Universidade do Minho”.

A intervenção seguinte foi do presidente da Comissão Comemorativa dos 50 anos, João Cardoso Rosas, que reforçou o papel da Universidade no desenvolvimento da região – “Nunca nos quisemos fechar numa torre de marfim. Pelo contrário, a Universidade do Minho assumiu-se desde o início como um motor de desenvolvimento regional”. João Cardoso Rosas destacou também os diferentes momentos de celebração que vão acontecer ao longo do ano, em especial neste mês. A presidente da AAUMinho, Margarida Isaías, destacou a força estudantil ao longo destes 50 anos de existência da Universidade do Minho, reforçando a importância de aliar os interesses da universidade e dos estudantes. “Falta ouvir os estudantes e não apenas dar-lhes a palavra. Falta dar-nos representatividade”, defendeu a presidente da Associação Académica da Universidade do Minho, condenando a “cultura de desonestidade e impunidade” do país.

Os momentos seguintes foram para a entrega de prémios e bolsas escolares assim como diplomas de reconhecimento de Técnicos Administrativos da Universidade que cumpriram 30 anos de carreira. A celebração destacou a premiação de Isabel Soares com o Prémio de Mérito Científico. A docente do Instituto de Psicologia destaca-se pela coordenação do Grupo de Estudos de Vinculação e Parentalidade, integrado no Laboratório de Investigação e Desenvolvimento e Psicopatologia do Centro de Investigação de Psicologia. Foi também atribuído o título de Professor Emérito a José Vieira, Manuel Rocha Armada, Manuela Martins e Paulo Pereira.

A celebração continuou posteriormente com o discurso da presidente do Conselho Geral da Universidade do Minho, Joana Marques Vidal, que reforçou o legado da academia e as perspetivas do futuro. “Uma universidade que procura a excelência, assumindo-se como um centro de conhecimento, de investigação e ensino, no reconhecimento dessa inter-relação umbilical e essencial: sem investigação não existe ensino”, sublinhou.

A cerimónia encerrou com o discurso da ministra de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato que destacou o contributo da Reforma de Veiga Simão do Ensino Superior na Sociedade e sublinhando que “a Universidade do Minho tem sido crucial para o desenvolvimento de Portugal na Europa”. Os docentes convidados e o reitor voltaram a caminhar pelo Salão Medieval ao som do CAUM oficializando o fim da sessão de celebração.