Braga registou a taxa de abstenção mais baixa do país e elegeu 19 deputados de quatro forças políticas.
Fechadas as urnas e divulgados os resultados nacionais, é possível identificar os partidos que venceram pelos distritos de Braga e Viana do Castelo, região do Minho. Em Braga vence a Aliança Democrática (AD) com oito deputados e 33,16% dos votos. Em segundo lugar surge o Partido Socialista (PS), com seis deputados e 28,24% de votantes. Quatro deputados vão para o partido do Chega e um para a Iniciativa Liberal.
Braga apresentou-se ainda como o distrito com a taxa de abstenção mais baixa. Dos 780.163 inscritos, votaram 556.367, correspondendo assim a 28,69% de abstenção. Em contrapartida, Bragança apresenta o valor mais alto com 45,85% de não votantes.
Guimarães apresenta resultados diferentes comparativamente aos bracarenses. Na cidade berço, o PS vence com 31,69%, mais de dois pontos percentuais de diferença para com a AD – com 29,3% dos votos vimaranenses. Em terceiro lugar, marca território o Chega com 15,95%, mais cerca de 10 pontos percentuais face a 2022. Barcelos deu vitória à direita com 30.532 votos para a AD (38,61%) e subiu a percentagem de votos do Chega de 6,12% para 18,6%, onde também ficou atrás do PS (22,97%).
Em Esposende e Vila Verde a AD permaneceu, face a 2022, com a maioria dos votos, com 40,71% e 38,33% das votações respetivamente. Famalicão e Cabeceiras de Bastos converteram-se da esquerda para a direita e dão lugar à AD nestas eleições. Foram 30.082 os famalicenses a votar no partido de Luís Montenegro e em Cabeceiras de Bastos a percentagem chegou aos 36,6%. No distrito de Braga, Cabeceiras de Bastos destacou-se com a percentagem mais baixa no partido Chega, 14,66%.
Os habitantes da Póvoa de Lanhoso e de Amares seguiram o caminho na transição do PS para a AD e os sociais-democratas venceram com 34,15% e 34,53% dos votos respetivamente. Amares registou a maior percentagem de votos no Chega no distrito bracarense, com 2642 eleitores (21,39%). Por sua vez, Fafe e Vizela mantiveram o Partido Socialista no topo dos votos, com 38,3% e 33,15% respetivamente.
Terras de Bouro votou pela AD e deu ao partido 41,11% das votações. Celorico de Basto e Viana do Castelo juntaram-se ao voto pela direita e trocaram o socialismo pela AD, com Celorico de Basto a dar a vitória à AD por 40,31%. Ainda assim, as votações no distrito de Viana do Castelo ficaram taco a taco, com 30,45% dos votos na AD e 29,61% no PS.
Dando entrada no distrito de Viana do Castelo, a AD venceu na generalidade com 34,72% dos votos e dois deputados, o PS conseguiu o mesmo número de deputados, mas uma menor percentagem (28,15%) e o Chega conquistou o terceiro lugar com 26.635 eleitores. Ponte de Lima registou 42,83% dos votos na AD e Ponte da Barca seguiu pelo mesmo passo, com 2707 votos na direita (38,81%). Já Caminha manteve o PS no topo da eleição com 31,64%, pouco mais de um ponto percentual de diferença face ao valor da AD (30,01%). Arcos de Valdevez e Monção transitaram para o espectro da direita e os habitantes optaram pela AD nos dois municípios, com 42,98% e 38,45% das votações respetivamente. Apesar da transição, Arcos de Valdevez foi o município de Viana do Castelo com menos votos no Chega (15,04%).
Em contrapartida, Valença juntou-se à conversão e não só angariou 30% dos votos para AD como também apresentou a maior percentagem de votos para o Chega no distrito de Viana do Castelo, com 26,47%. Vila Nova de Cerveira e Melgaço optaram novamente pela esquerda, com o PS a vencer por 30,69% e 38,04% respetivamente. Por fim, Paredes de Coura deu a maioria dos votos ao socialismo (34,39%).