O Festival promove e divulga a escrita original para teatro e outras artes performativas.
A 6º edição do Festival Encontros de Novas Dramaturgias (END) regressa à cidade Berço de 18 a 20 de março com o mote “não é um fim, mas antes o início de muitos inícios possíveis”. O Festival END “promove e divulga a escrita original para teatro e outras artes performativas, convidando dramaturgos a partilhar os seus mais recentes trabalhos nos mais diversos formatos de apresentação”.
O Festival estreia com “Lugar X”, que reflete a criação do mundo, da autoria de Catarina Vieira com acompanhamento dramatúrgico de Marta Bernardes. “A gente na boate sofre”, escrita e dirigida por Diego Bragà regressa aos palcos noturnos acompanhado com “Super Puta” que celebra um conjunto de colaborações artísticas e que é “um convite a ouvir, entender e a olhar para as pessoas não-binárias, e pensar sobre a humanidade no geral, num sentido de se experimentar”.
“Na Relva Esfola Menos” é apresentada por Bruno dos Reis enquanto Tiago Cadete oferece “Manjar” descrito como “um grande banquete em que a comida é som, relacionando a culinária a partir do processo de colonização portuguesa”. A conferência-performance “Vou A Tua Casa_Condomínio”, da autoria de Rogério Nuno Costa, é uma apresentação em que “a comida é alimento e propósito para palestrar e interagir com autores convidados ao repasto a ser observado pelos espectadores”.
A cidade de Guimarães recebe ainda uma conferência-performance de Sónia Baptista que apresenta um excerto do seu novo projeto “Dikes on Ice”, uma apresentação de “mitologias pessoais e universais, estereótipos e preconceitos, agressões e efabulações da realidade de viver como uma mulher que ama outras mulheres”. Os dois projetos que encerram esta digressão na cidade berço são “Madame de Quay” de Gonçalo Waddington e o novo projeto coreográfico de Cristina Planas Leitão “O Sistema” que “trabalha em cena a fronteira entre a ficção e o real, ancorado nas ideias de trabalho, solidariedade e amizade”.
“Escola do Espectador Emancipado”, um programa paralelo do festival, oferece “atividades de formação participativa, através de oficinas de criação, escrita e dramaturgia, proporcionando lugares de encontro entre autores, artistas, estudantes, professores, investigadores e outros participantes”. O Festival decorre nos diferentes espaços artísticos da cidade, o Espaço Oficina, Centro Cultural Vila Flor, Casa da Memória de Guimarães, Centro Internacional das Artes José de Guimarães, Teatro Jordão e Garagem Avenida (Universidade do Minho), bem como o Estádio D. Afonso Henriques.