O primeiro dia da XXVI edição das Jornadas da Comunicação foi marcado pela formação de animação.

A segunda formação do dia 12 de março das Jornadas da Comunicação levou-nos à área de Audiovisual e Multimédia. O orador José Costa, da Nu Boyana/Lusco Fusco Animation, guiou os ouvintes por uma jornada através do mundo da animação.

O convidado começou por discutir a definição do conceito “animação” e a sua importância no contexto do cinema. Em palavras simplificadas, o orador definiu-a como “dar vida a algo que não a tem”. Também abordou conceitos essenciais para fazer animação como noção da perspetiva de visão, tempo vs espaço e a história que queremos contar.

O orador abordou a diversidade de técnicas na animação, incluindo desenho à mão e stop motion, não só para nos proporcionar esse conhecimento, mas também para demonstrar que cada técnica possui a sua beleza e complexidade. Assim, “cada um tem a sua própria sensibilidade para aquilo que gosta”.

No decorrer da sua apresentação, identificou alguns dos marcos históricos da animação, desde os primeiros da animação clássica, como “Fantasmagorie” (1908) de Émile Cohl, “Gertie the Dinosaur” (1964) de Winsor McCay, até os avanços tecnológicos que proporcionaram a era da animação digital, destacando obras emblemáticas, e até nostálgicas, como “The Iron Giant” (1999) de Brad Bird, e “Toy Story” (1995) de John Lasseter.

O convidado enfatiza que, apesar das inovações na indústria e das mudanças tecnológicas, o intuito da animação permanece: contar histórias de formas emocionantes e envolventes. Deste modo, o profissional apresentou a curta-metragem “A Boneca de Kafka” (2022), de Bruno Simões, destacando como a criatividade pode transcender o “normal”.

José Costa sugeriu ainda as seguintes animações: “Spirit Away” de Hayao Miyazaki, “Loving Vincent” de Dorota Kobiela e Hugh Welchman, “Sea Beast” de Chris Williams, “Le Mans 1995” de Quentin Baillieux. As recomendações do animador deram por finalizada a formação da área de audiovisual e multimédia.