A conversa integrou o programa do último dia das Jornadas da Comunicação.

Elsa Moura, diretora de informação da RUM e Paulo Sousa, ex-jornalista do Expresso debateram as principais diferenças entre as práticas do jornalismo local e nacional. A atividade decorreu durante o último dia das Jornadas da Comunicação.

Os dois jornalistas reconheceram que “as circunstâncias difíceis do jornalismo são transversais”. Paulo Sousa recordou a sua experiência nos diferentes meios em que trabalhou como o Diário do Minho, RUM (Radio Universitária do Minho), TSF, DN (Diário de Notícias) e Expresso. O antigo jornalista recordou que “colocava sempre o jornalismo em primeiro lugar, não tinha o conceito de férias, de fim de semana”, contrariamente aos colegas, o que lhe angariou diversas oportunidades.

Elsa Moura destacou que o jornalismo local traz também várias oportunidades e coleciona múltiplas vantagens. A principal vantagem que a jornalista elencou é a proximidade dos eventos e das pessoas. Elsa Moura confirmou que “há várias notícias mais locais que só chegam às redações do Porto e Lisboa muitos dias depois”.

A vasta experiência de Paulo Sousa em ambos meios locais e nacionais permitiu-o concluir que começar num meio local é uma “boa opção” para novos jornalistas. O ex-jornalista referiu que uma das vantagens é que a visibilidade das notícias é muito menor, comparado com as dos meios grandes, e que isso dá um espaço maior para aprender ao errar.

Elsa Moura referiu que o seu interesse sempre foi no jornalismo de proximidade. Os motivos que elencou foram sobretudo pela importância das regiões serem noticiadas e se sentirem representadas. A jornalista recordou que lhe disseram que a RUM “faz serviço público” o que considerou um grande elogio, pela “diferença que podemos fazer”.

A futuros jornalistas, Paulo Sousa deixou como conselho “serem ambiciosos, mas terem os pés assentes na terra” e  procurarem informarem-se dos mais diferentes temas. Elsa Moura destacou a importância das atividades que a universidade oferece, nomeadamente a RUM, que a jornalista expressou “ter sempre a porta aberta a todos os que queiram aprender”.