O Sina – Grupo de Fados da AAUMinho é um grupo cultural composto por nove pessoas de diferentes pontos da academia. Considerado livre e saudável, procura integrar toda a comunidade com o seu estilo musical. O grupo surgiu com a necessidade principal de atuar nas serenatas na Universidade do Minho, no momento em que a Associação Académica lançou o desafio para a criação de um grupo cultural destinado ao fado.
Fundado em março de 2022, o Sina pontua como o objetivo principal a integração das pessoas com interesse no género musical. Quanto à comunidade, o grupo procura destacar-se com o fado misto, e pretende alcançar novos públicos com esta tradição e levar o fado mais longe, junto dos jovens. Tudo isto com o intuito de representar a comunidade portuguesa com a sua tristeza e frustração.
A falta de reconhecimento do grupo é explicada por ser ainda um grupo considerado pequeno, com poucos membros e pouca divulgação entre os estudantes. Além disso, o grupo afirma-se como um conjunto de amigos unidos pelo fado, com a entreajuda como uma das principais qualidades. É assim que todos respeitam a iniciativa com a sua “maneira de ver as coisas de forma mais fresca”, como mencionou Margarida Pereira, integrante do grupo.
Quanto às experiências mais pessoais, Margarida afirma que o Sina foi capaz de lhe fazer “explorar um lado que nunca tinha explorado” de um modo libertador. Margarida ainda relembrou que “fado não é fado quando não é transmitida uma mensagem, ou não é colocado aquilo que se sente na música”. Como membro da direção, contou que também faz parte de uma tuna, mas que suas expectativas foram um pouco desviadas e apenas o Sina que lhe trouxe “a música como um todo”.
As maiores dificuldades enfrentadas pelo grupo cultural pautam-se na própria cidade onde performam, uma vez que “não há uma cultura de fado muito presente em Braga”, pontuou Margarida. Mais que isto, o facto de serem um grupo misto também é um desafio, pois a população portuguesa mais tradicional não aceita muito bem tal proposta.
Os membros do grupo apontam que as experiências são sempre muito positivas e fazem os membros focarem-se em muito mais do que apenas trabalho e estudo. Beatriz Torres, também parte da direção do Sina, mencionou que o grupo é “uma boa forma de conhecer pessoas novas e não sentir a monotonia constante de ir às aulas, ir para casa e de combater o isolamento que provém dessa rotina”.
Como em Braga há pouco fado, o grupo quer trazer mais do género musical à cidade e darem-se mais a conhecer. “Queremos colmatar essa falta e trazer um bocadinho mais de fado aos corações dos bracarenses”, destacou a direção do grupo. É assim que aconselham os estudantes a experimentarem todos os grupos culturais até perceberem qual é o que se identificam mais.