Carolina Lapa e Ana Dinis foram as convidadas deste momento do segundo dia das Jornadas da Comunicação.

Os desafios da comunicação aliada à cultura foram os principais temas explorados na talk que decorreu no último dia das Jornadas da Comunicação, organizadas pelo grupo de alunos de comunicação da Universidade do Minho (GACCUM). Com as especificidades nos diferentes projetos culturais regionais e institucionais, os estudantes puderam constatar as diferentes interpretações e adaptações na área de Relações Públicas e Publicidade.

Numa breve apresentação, Carolina Lapa, diretora de Comunicação no Theatro Circo, aproveitou para contar a sua experiência profissional num dos seus mais recentes projetos, Braga 25, da qual está responsável pela divulgação dos preparativos e das celebrações que decorrerão na cidade bracarense, como anfitriã e portadora do título de capital portuguesa da cultura em 2025. Contudo, “este projeto iniciou-se após Braga ter sido excluída da última fase para o título de Capital Europeia da Cultura em 2027 perdendo-o para a cidade de Évora”, como destacou Carolina Lapa.

Com um “plano B”, a diretora de comunicação esclareceu que é sempre possível “dar a volta por cima, aprender e recomeçar”, sendo fundamental fazer uma avaliação do que correu menos bem para, neste caso, “transformar o projeto de raiz em outra coisa” num tom honesto e transversal.

Ana Dinis, videógrafa e fotógrafa no Triciclo, distingue um pouco o seu percurso, uma vez que “os projetos que faz não seguem uma estrutura”, pois sempre foi ao encontro de projetos culturais e eventos regionais na comunidade. Enquanto freelancer, Ana Dinis aponta que viu no Triciclo uma oportunidade de criar um espaço cultural com uma vasta opção de “concertos, showcases e workshops” em parceria com o município de Barcelos, sendo um “grande incentivo para explorar esta área”, tal como acrescentou.

Para terminar a talk, as convidadas realçaram que a cultura é desafiante perante o panorama atual em que a área “não é considerada uma necessidade básica e não marca uma presença na agenda política”. Porém, aos que desejavam e gostavam de seguir este ramo as convidadas consideram que os estudantes de comunicação devem “aproveitar o tempo para criar projetos e arriscarem, pois, mais tarde, tudo isso poderá definir os seus percursos”.