No 30º aniversário da Afonsina, o festival regressou a Guimarães com toda a força.

Depois de um ano de “bebedeiras, serenatas e folias”, foi entre 1 e 2 de março que teve lugar o festival da Afonsina, o Cidade Berço. Foram dois dias repletos de animação e atuações que não deixaram ninguém indiferente. Foi, também, a primeira vez em muitos anos que este festival conseguiu atingir a lotação máxima do grande auditório Francisca Abreu do Centro Cultural Vila Flor (CCVF).

No ano que marca os 30 anos desde a criação da tuna anfitriã, o festival regressou com toda a força. O Vice-magister (Sheila) da Afonsina assumiu que o objetivo é que o evento seja um espelho do grupo e da cidade que os alberga. Explicou também o que acredita ser aquilo que diferencia o espetáculo dos demais, sendo esse fator o cunho pessoal que a tuna coloca na sua organização, e também ter Guimarães, a cidade berço, como plano de fundo.

E assim foi. Como é habitual, a primeira noite foi de serenatas, no Largo da Oliveira, onde atuaram várias tunas da academia minhota, como a Tun’ao Minho e a TunObebes, e também tunas convidadas de todos os cantos do país, entre estas a Luz e Tuna e Desertuna. Apesar do clima frio e chuvoso, a praça estava repleta de estudantes, tunantes e vimaranenses curiosos a aproveitar o bom ambiente que as serenatas afonsinas sempre proporcionam. Sem dúvida que a boa música e a oferta da cerveja também contribuíram para tal.

A segunda noite, a do festival propriamente dito, esgotou o grande auditório do CCVF e contou com a apresentação e animação da dupla Página Solta, que proporcionou momentos de entretenimento, entrecortando as atuações. Estes segmentos    a “encher chouriças”, como as próprias os descreveram, consistiram em poesias e canções características das duas jovens, sorteios de rifas e até um concurso de pandeiretas com membros do público.

Esta edição do festival contou com quatro tunas a concurso (Luz e Tuna, Desertuna, TAL e Tunadão), que com a sua música, estandartes e pandeiretas deixaram o CCVF ao rubro. Nas suas atuações, os grupos fizeram questão de deixar uma nota de agradecimento à Afonsina por os ter convidado a participar, e ao público, que durante toda a noite os apoiaram com aplausos entusiastas. A Desertuna foi que mais se destacou na sua performance, devido ao seu carisma e interação com os espectadores. A tuna da Covilhã causou, sem dúvida, um grande impacto positivo no público.

O ponto alto da noite foi a última atuação: a da Afonsina. Aquando da abertura das cortinas, o barulho na sala foi assolador. O grupo iniciou a atuação com o tema “Caravela”, seguido de “Perdoei”. Como prometido na noite anterior, estreou uma música nova, enaltecendo o evento por se tratar do trigésimo aniversário da tuna. Aos primeiros acordes de “Adeus adeus” todos se silenciaram para escutar e só no fim se fizeram ouvir os aplausos.

Como sempre, a atuação da tuna não deixou nada a desejar, destacando-se as sequências de estandarte e pandeiretas ao longo da atuação, que causaram alvoroço nos espectadores. O evento seguiu para a entrega de prémios, destacando-se o de melhor tuna, alcançado pela Desertuna, e o de melhor serenata (agora denominado de Dona Joaquina, em homenagem à mesma), ganho pela Luz e Tuna. Este momento foi marcado por um discurso de agradecimento, por parte da tuna, não só aos presentes e aos apoios à organização, mas também ao Sr. Castro, à Dona Joaquina e ao Café Óscar, elementos importantes na criação e em todo o percurso da tuna.

Por fim, chegou a hora da música mais antecipada da noite. O Hino da Afonsina foi acompanhado pelo público com entusiasmo, encerrando a noite de forma animada e foliã.