Margarida Isaías participou na Assembleia Municipal de Braga, esta quinta-feira, a respeito dos 50 anos do 25 de abril.
A presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho), Margarida Isaías, esteve presente na Assembleia dos 50 anos do 25 de abril, esta quinta-feira, em Braga, e condenou os partidos políticos por não abrirem portas à participação dos jovens. Defendeu que todos são agentes da Democracia e apelou à inclusão dos jovens nos cargos de decisão.
A presidente Isaías começou por criticar a aversão dos partidos políticos à integração dos jovens, “os partidos são fechados numa ideologia e numa forma de trabalho que não promove a participação dos jovens, que dentro do espetro partidário têm novas ideias e querem fazer crescer e evoluir o partido, para fazer crescer Portugal”. A estudante da Universidade do Minho quer que os partidos políticos estejam mais “abertos a ouvirem os jovens” e “confiarem, mesmo que duvidem das suas ideias”. Margarida Isaías também mencionou a “falta de discussões e debates abertos, com todos os pontos de vista e sem juízos de valor”. Frisou ainda a necessidade de “contrariar a partidarização de causas e temas que são todos. É preciso dar espaço aos jovens nos órgãos de decisão”.
No seu discurso, a presidente da AAUMinho lembrou que os portugueses têm o “privilégio de poder ter outras lutas” e “o privilégio de todos poderem participar nessas lutas”. Contudo, nota que “não basta podermos participar, é preciso termos a capacidade de participar”.
Margarida Isaías comentou ainda a “falta de literacia política nas escolas e o direito à associação através de associações juvenis e estudantis livres de poderes e de interesses partidários”. A jovem pediu para se contrariar a ideia de rivalidade “nós e os outros, que nós temos razão e os outros não”, “que eu sou de esquerda ou de direita, e, por isso, tudo o que o outro lado diz está mal ou é indigno” e “nunca sacrificar a liberdade, a opinião de cada um e respeitar a diferença”. Termina o seu discurso com um pedido: “Que todos sejamos agentes da democracia”.