O vocalista, guitarrista e letrista português regressou ao Theatro Circo com novas canções autorais, sem deixar de parte os clássicos de uma vida.

Foi na passada quinta-feira, 29 de maio, que o Theatro Circo, em Braga, recebeu o lado mais intimista de Manel Cruz. Com início marcado para as 21h30, o concerto contou com uma viagem pelo percurso musical do artista, que esteve em bandas como Ornatos Violeta, Pluto e Supernada. Sem esquecer o seu projeto a solo, intitulado de Foge Foge Bandido.

Acompanhado de alguns instrumentos, inclusive uma harmónica, deu voz às músicas de uma carreira longa entre bandas e colaborações. Vida Nova, álbum de autoria do próprio, e Foge Foge Bandido, foram o grande destaque da noite, mas também houve espaço para o clássico “devagar”, de Ornatos Violeta, e Esfera, uma sinergia entre André Tentugal, Miguel Ramos e Manel Cruz. Não ficaram de fora canções que o compositor escreveu durante o confinamento provocado pela COVID-19 que, para o artista, foi uma época de grandes desbloqueios criativos e produtividade musical.

Pelas linhas da paixão, do lado negro e da melancolia, Manel Cruz apresentou ao público de Braga um lado diferente da sua arte. Os kicks de bateria e os riffs intensos a que o público está habituado foram, neste espetáculo, substituídos por acordes sensíveis e melodias doces. O artista não deixou de revelar o seu entusiasmo em voltar a tocar no Theatro Circo, uma sala que aprecia não só pela sua estética, mas também por ser tão acolhedora tanto para quem a visita, como para quem pisa o palco.