A maioria das peças são baseadas e adaptadas de obras já existentes.
Os alunos do curso de Teatro da Universidade do Minho vão apresentar os seus projetos finais no palco do Teatro Jordão, em Guimarães, entre 2 e 5 de junho. Este ano é o primeiro em que as performances acontecem fora das paredes da universidade, com o objetivo de “dar alguma visibilidade ao trabalho realizado pelos alunos e dar a conhecer aos mesmos a experiência no mercado de trabalho”, esclarece a aluna finalista Daniela Silva.
A estreia do projeto ocorreu ontem com “OCULUS ASPICIENTIS”, uma produção dos alunos Angeliki Voutsina, Dimitris Dimitriadis, Eleftheria Skoulaki-Lazou, Jean-Paul Sartre, Katerina Anghelaki Rooke, Kostas Despoiniadis e Nikos Gatsos. A peça é inspirada em “Ente Quatro Paredes” de Sartre. “Era uma vez um humano condenado à liberdade. Um dia o humano acordou para se olhar no espelho, mas o espelho não estava lá para ele se olhar. De repente, eles sentiram algo estranho. Uma presença na sala. Eles viraram a sua cabeça e viram um par de olhos a olhar para eles”, conta a sinopse da peça.
A segunda performance, “Ergue a Cabeça”, preparada por Ana Rodrigues, Beatriz Bernardes, Bruna Leite e Luciano Russo, estreia a 3 de junho. A peça conta a história de “três amigas que estão em constante conflito com o passado. Um rapaz. Uma entidade que os atrai para o abismo. Um reflexo de uma sociedade que permite o ecrã assombrar a tua vida. Ergue a cabeça rainha se não a coroa cai”.
Adaptada de “Monólogos da Vagina” de Eve Ensler, a performance “Imagina Vagina” enche o palco do Teatro Jordão a 4 de junho. Na peça, abordam-se várias questões relativas à vagina, “pensa-se sobre a Vagina, mas será que já sabemos de tudo? O odor é o mesmo? As vaginas mudaram? Têm vida própria? O que vestem? Será a Vagina, uma entidade assim tão cor-de-rosa?”. O projeto é da autoria de Carolina Gomes, Daniela Silva, Diana Oliveira, Érica Sousa e Vanessa Sousa.
“Casting Call” é a última performance que decorre a 5 de junho. A peça de Daniela Pereira, Annie Harada, Joana Lopes e Nuria Brito é um texto original. “Procuramos pessoas entre 14 e 99 anos de todas as etnias. É necessário ter uma boca grande, um estômago vazio, sentido de humor e referências da cultura pop. Não permitimos a presença de amigos para apoio emocional. O diretor estará a assistir-vos o tempo todo. não percam este casting call”.
O projeto culmina num conjunto de preparações que foram desenvolvidas desde o primeiro semestre, em articulação com todas as unidades curriculares do último ano do curso. A escolha do texto, adaptado de uma obra existente ou original, encenação, figurinos e construção de cenários são produto da escolha livre e independente dos alunos.