O Festival Ecos do Lima regressou a Ponte da Barca, de 11 a 14 de julho.

Após dois anos de ausência, o Festival Ecos do Lima voltou a encher a paisagem ribeirinha de Ponte da Barca com as tendas de campismo do costume. De 11 a 14 de julho, os sons da música de dança e avant-garde animaram as margens do rio Lima, o epicentro do Festival. A extensão da vila também abraçou a tradição e o espírito do Ecos, no meio de marchas e exposições.

O Ecos do Lima é o principal evento da Associação Juvenil do Lima, uma associação independente de iniciativa juvenil composta por Inês Carneiro, Nelson Barros, Kevin Pires, André Carneiro e Diogo Carneiro. O objetivo deste coletivo é criar espaço público para todos, reunindo pessoas diferentes que, juntas, criem um pensamento novo. E é exatamente isto que o Ecos, em concordância com a música, o território e a comunidade, concretiza.

Foi em 2015 que estes jovens pensaram e concretizaram o Festival. Hoje em dia, este soma sete edições e, embora tenha crescido, ainda é de pequena dimensão. Este ano, o evento abriu, a 11 de julho, com a Foliada Dançada pelos Gaiteiros de Bravães. No Largo do Urca, as gaitas de foles homenagearam a cultura popular barquense, com muita dança à mistura. No dia seguinte, a programação arrancou logo pela manhã, com uma oficina juvenil, a Marcha Alegórica, na Praia Fluvial.

Já no Choupal, a festa começou às 19 horas, com a atuação de Just Fish, à qual se seguiu um Jantar-Convívio. Depois dos concertos de ZA! e de Chalk, a noite estendeu-se no Bar do Grémio, com a presença de Chris Imler e Mother Jupiter & Wurm, no formato DJ set.

Na manhã de sábado, quem acampou no rio teve a oportunidade de sair da tenda direto para um Círculo de Meditação, com a colaboração da Lindoso Connection. De tarde, o grupo Chibatada animou o Bar do Rio e, mais uma vez no Choupal, realizou-se um Jantar-Convívio. A fechar o palco do Ecos, os concertos de Maquina, Smudged e Dame Area fizeram o público vibrar. A noite terminou no Grémio com Maquina DJ set e Oxcia Syndor. O Open DJ set da tarde de domingo encerrou o Festival, no Bar do Rio.

A programação dos dias 12 e 13 de julho foi a que teve maior adesão. Nestes dias, a presença da comunidade, para além de quem vem de fora para o Festival, foi notória. Inclusive, foram nestes dias que se realizaram os concertos, que ficaram memoráveis pela interatividade com o público. Os artistas dos grupos Dame Area e Smudged chegaram a descer do palco para sentirem a energia da plateia.

O cartaz do Ecos não se ficou por aqui. Foi possível, ao longo do Festival, navegar pela sua história através da exposição “Fortaleza”, que exibia memórias desde a sua primeira edição. Outras instalações também se distinguiram, entre elas as obras de Martin Bruce, e as criações “Altar”, “Floating Creatures” e “Jargada”.

Nesta edição, que apostou sobretudo na música internacional, sobressaíram os laços que o Festival Ecos do Lima cria. Caras novas e algumas já conhecidas deram um novo ar à Praia Fluvial e à sua paisagem recortada por inúmeras tendas. Os jovens de Ponte da Barca agradecem.