Reler o meu editorial do início deste mandato dá-me uma nostalgia daquilo que ainda mal terminou. É um registo de que o meu percurso no jornalismo começou através desta pequena janela, que traz consigo a “possibilidade de sonhar, de conhecer e, sobretudo, de crescer”. Deste ano retiro exatamente isso: crescimento. Com altos e baixos, pude aprender da melhor ou da pior forma como gerir uma equipa e um jornal. Assisti à evolução dos colegas que me acompanharam e cresci com eles. Desse processo fazem parte erros, que serviram de ‘abre olhos’ para o futuro. Por tudo isso, saio da Universidade do Minho mais bem preparada.
Em retrospetiva, considero que conseguimos alcançar os objetivos a que nos propusemos. Surgiram ideias, rubricas e projetos adjacentes. A participação no primeiro Encontro Nacional de Jornalismo Universitário é um dos marcos de 23/24. Pudemos trabalhar com outros jornais académicos, trocar experiências, aprender uns com os outros e mover jovens de diferentes pontos do país para debater sobre jornalismo. Evoluímos nas nossas relações externas sem esquecer o objetivo primordial do ComUM: ser um espaço de aprendizagem para os estudantes.
Ao longo dos últimos meses, pude compreender de uma nova perspetiva a importância do trabalho em equipa. Cada pessoa faz falta. Por isso mesmo deixo o meu agradecimento a todos os que trabalharam comigo: a sub-diretora Lara Freitas, toda a equipa de editores e coordenadores de departamentos e os redatores. Há um ano falava destas pessoas como ‘peças na engrenagem’. Hoje tenho a certeza de que é a expressão certa para as definir. Agradeço ainda aos professores que nos guiaram quando surgiram dúvidas. Gostamos de dizer que somos um jornal feito por alunos, mas também acredito que, nos momentos certos, é importante ouvir as vozes da experiência.
Um ano mais tarde, estou mais segura de que é preciso olhar para o passado para construir o futuro. O ComUM é feito de todos os que por cá passaram e a sua marca não deve desaparecer. Saber ouvir quem nos antecedeu só fará deste projeto ainda mais forte.
A minha vez já acabou. Saio com a certeza de que fizemos o melhor que sabíamos com os recursos a que tínhamos acesso. Passo a pasta à Mariana Lopes, em quem confio para que faça um trabalho tão bom ou melhor do que o que tem sido feito. O ComUM fica nas mãos de alguém responsável, com vontade de abraçar desafios e de inovar. É desse espírito que esta casa precisa.