O sonho de conquistar o Euro 2024 mantém-se vivo para a armada lusitana.

No último de cinco jogos do Europeu disputados em Frankfurt, Portugal suou para vencer a Eslovénia. A decisão de qual nação passaria aos quartos-de-final foi remetida para as grandes penalidades, onde Diogo Costa imperou.

No seguimento da inesperada derrota por 2-0 frente à Geórgia, Roberto Martinez reutilizou o modelo e o onze que alinhou no contundente triunfo frente à Turquia, 0-3. A seleção portuguesa entrou, tal como era previsto, a dominar as ações com bola. Fiel aos seus princípios, a Eslovénia remeteu-se a trabalhos defensivos e saídas em contra-ataque.

A primeira parte demonstrou a inoperância lusa na hora de atirar à baliza adversária. O melhor que Portugal conseguiu foi, em cima do intervalo, um remate de João Palhinha ao ferro. Pelo meio, o esloveno Benjamin Šeško aproveitou a brecha dada pela defensiva portuguesa para rematar à figura de Diogo Costa.

Na segunda-parte, pouco ou nada se alterou em relação à etapa transata. O defesa-direito João Cancelo subiu de rendimento e até protagonizou uma boa jogada pelo corredor, que culminou num remate de Bernardo Silva para fora. A essa ocasião, somou-se um livre frontal de Cristiano Ronaldo à figura do ex-Benfica, Jan Oblak.

O lado estratégico português pecou por falta de imprevisibilidade, com os cruzamentos a serem uma opção desastrosa, diga-se. Os eslovenos apenas assustaram pelo suspeito do costume, Šeško, que não teve engenho para finalizar, com êxito, uma arrancada individual.

Em cima do minuto 90, surgiu uma oportunidade de golo para Portugal, digna dessa nomeação. O avançado Diogo Jota serviu o capitão português, que, na passada, disparou para uma intervenção segura do guardião contrário. O empate a zero registado no apito final forçou o prolongamento.

A primeira metade da etapa complementar teve como lance capital a grande penalidade falhada por Ronaldo. Ao minuto 105, Jota deambulou sobre cinco adversários e, na grande área, foi travado em falta por Drkusic. Perentório, o árbitro Daniele Orsato apontou de imediato para a marca dos 11 metros. Nesse momento, Oblak efetuou uma enorme parada para segurar o nulo.

Se nas redes da Eslovénia brilhou o seu guarda-redes, o mesmo cenário decorreu na baliza lusa. Aos 115 minutos, Diogo Costa agigantou-se perante Šeško, que ia beneficiando de uma fífia de Pepe. Com 120 minutos a serem insuficientes para se conhecer o vencedor, seguiram-se as grandes penalidades.

A verdade é que podia-se antever que a Eslovénia chegasse mais moralizada para esta fase do encontro. Afinal de contas, o seu guardião já tinha defendido um penálti. Porém, um soberbo Diogo Costa foi intransponível perante Iličić, Balkovec e Verbic.

Do lado português, Cristiano, Bruno Fernandes e Bernardo Silva não vacilaram. Destaca-se ainda o recorde histórico operado pelo camisola 22 luso, que se tornou no primeiro da sua posição a defender três penáltis neste tipo de desempates do Europeu.

Após esta qualificação, arrancada a ferros, Portugal está apurado para os quartos-de-final do Euro 2024. Nessa fase, a seleção nacional tem pela frente a França, numa reedição da final de 2016. O jogo está marcado para o próximo dia 5 de julho, com pontapé de saída às 20:00.

 

Veja, aqui, os elementos em destaque nesta partida.