A aclamada banda portuguesa, Capitão Fausto, lançou o seu novo álbum, Subida Infinita, no dia 15 de março deste ano. Mostraram mais uma vez a sua capacidade de inovar e evoluir dentro da cena musical. Este álbum é uma jornada intimista e que, segundo a banda, o instrumental cria a noção de uma linha contínua que pode ser repetida infinitamente.

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O álbum inicia com a música “Muitas Mais Virão”. Uma faixa que imediatamente capta a atenção com a sua energia vibrante. Esta canção é um excelente exemplo de como a banda consegue combinar a introspeção lírica com as melodias cativantes. Deste modo, os versos que refletem a busca por significado e autoconhecimento interlaçam com a música que estabelece o tom para o resto do álbum, mostrando que a banda não tem medo de explorar temas profundos.

A faixa “Na Na Nada” traz uma energia contagiante com uma forte presença do baixo e de guitarras distorcidas que capturam a essência do rock alternativo. A música fala sobre uma perspetiva geral de como uma criança vê o mundo (inspirado na filha do vocalista, Tomás Wallenstein) e a luta para encontrar significado no meio do caos. (‘Quem me der a mão é porque quer que eu nunca caia’).  O refrão é cativante e otimista, proporcionando um contraste interessante com a profundidade das letras.

“Fantasia” sugere aqui um interlúdio, ou seja, como se fosse uma barreira entre as músicas anteriores mais animadas para as músicas a seguir mais melancólicas e pensativas. As melodias fazem lembrar um ambiente fantástico. Além disso, esta faixa serve como teaser da canção a seguir “Nada de mal”, uma vez que a palavra fantasia aparece nessa música.

“Nuvem Negra” destaca-se pela sua complexidade lírica e arranjos simples. A letra fala sobre a constante busca pelo crescimento e a superação dos desafios (‘Tentei resolver mas dificultou / Tornou-se impossível porque já se passou’), um tema recorrente em todo o disco. Os arranjos do teclado e da guitarra criam uma atmosfera onírica, levando o ouvinte a uma jornada introspetiva. A melancolia presente na faixa reflete as lutas internas e os momentos de dúvida que todos enfrentamos.

O álbum encerra com a faixa-título, “Subida Infinita”, uma composição épica que encapsula a essência do disco. A produção é meticulosa, com camadas de guitarras, sintetizadores e percussões que criam um crescendo emocional e sonoro, como que se estivesse a subir infinitamente.

Subida Infinita é um álbum que reforça a posição dos Capitão Fausto como uma das bandas mais inovadoras de Portugal. Cada faixa é uma peça cuidadosamente trabalhada que contribui para a narrativa coesa do álbum. Com letras profundas e arranjos musicais sofisticados, os Capitão Fausto voltam a surpreender os seu ouvintes depois de anos à espera de um novo álbum.