Em junho, Normani finalmente lançou o seu álbum de estreia da carreira a solo, Dopamine. O álbum esteve em produção desde os primeiros singles da artista em 2018, tendo a mesma criado o nome do projeto nessa altura. Fãs de Fifth Harmony antecipavam bastante este álbum, pois Normani sempre foi uma força no grupo, algo provado pelo o single “Motivation” e a sua performance nos VMA. Com a doença dos pais ultrapassada, este foi o grande ano em que a artista fez o seu debut e comeback à música com um álbum de R&B fantástico.
Dopamine é perfeito para a afirmação da artista na indústria musical. Tendo-se apresentado como uma bela dançarina, este álbum cria baladas destinadas para a sensualidade brilhar nos movimentos de dança. Normani inspirou-se no R&B dos anos 90 de ícones da música, como Aaliyah e Janet Jackson, para criar as harmonias cativante que acompanham a sua doce voz. Esta também quis honrar as suas raízes negras do sul usando samples e referências a artistas negros acompanhados por vocais gospel.
O single principal do projeto é “1:59” com Gunna, o que na altura pareceu uma escolha estranha. Esta música é uma entrada que apresenta a estética geral do álbum, sendo basicamente construída pela harmonia e vocais relaxantes para criar a sensação de calma.
Uma das estrelas do álbum é “Insomnia”. Inspirada na cantora Brandy, que até ajudou na composição da música, esta é composta por ad-libs, vocais angélicos e uma batida calma com momentos de guitarra elétrica intensos. A letra, co-escrita por Victoria Monét, relembra um relacionamento passado com um amante tóxico e como é a luta da superação.
Este projeto é bastante diferente do single de estreia de Normani, “Motivation”, tendo a artista explicado que nunca queria lançar uma música hyper pop. Com “Wild Side”, que conta com a colaboração da rapper Cardi B, é que a artista começa a mostrar o seu verdadeiro ser, revelando um lado mais lento e sensual. O tema da sensualidade combinado com a feminidade é frequente no projeto, pois, depois do cancro que a mãe ultrapassou, foi a artista que a ajudou a reconciliá-la com o seu caráter feminino.
Dopamine é uma boa reintrodução de Normani ao mundo, mostrando a sua identidade como artista de R&B com o seu som e letras. Apesar de ser um bom projeto, este não teve grande sucesso comercial nem entre os críticos. Uma das maiores críticas foi o marketing da nova “era” da artista, pois quando o projeto foi anunciado, toda a promoção que seguiu foi fraca. No entanto, o projeto demonstra o potencial de Normani, sendo agora esperado o seu próximo projeto que, tendo em conta as pessoas envolvidas, certamente será ainda melhor que o primeiro.