Este ano marca 149 anos desde o falecimento de um dos grandiosos da literatura, Hans Christian Andersen. Nascido em abril de 1805, Anderson foi um autor dinamarquês, conhecido pelos famosos contos infantis A Pequena Sereia (1837), O Patinho Feio (1843) e A Princesa e a Ervilha (1835). Os seus contos infantis são um marco importante na educação das crianças da Europa, ensinado valiosas lições de vida. As histórias já foram traduzidas para mais de 125 línguas e são a base de inspiração de muitas peças e filmes.
Natural de Odense, na Dinamarca, Hans Andersen teve uma infância complicada: o pai faleceu quando tinha apenas 11 anos e a mãe voltou a contrair matrimónio tempos depois . Apesar de ter tido educação básica, o autor teve de sustentar a família, trabalhando desde novo. Aos 14 anos, começou a acompanhar uma companhia de teatro, decidindo mudar-se para Copenhaga para seguir carreira de ator. Ao longo do tempo, Andersen começou a escrever peças, algumas chegando às mãos de Jonas Collin, diretor do teatro real, que lhe ofereceu uma bolsa de estudos.
Acabando os estudos superiores, aos 22 anos, Hans escreveu histórias infantis baseadas no folclore dinamarquês, conseguindo publicar dois livros. Com uma melhor situação financeira, viajou pela europa. Enquanto em Itália, em 1833, escreveu O Improvisador (1835), o seu primeiro romance de sucesso internacional.
Apesar de escrever livros de poesia e viagens, Andersen ficou conhecido pelos seus contos infantis. Até então, poucos livros eram direcionados a crianças, tornando-o um pioneiro no género. Nas suas histórias, o autor procurava transmitir os padrões de comportamento que a sociedade deveria adotar, mostrando várias vezes conflitos entre os fortes e fracos. Entre 1835 e 1842, Andersen publicou seis volumes de contos infantis, destacando-se O Rouxinol (1843), A Rainha da Neve (1844), O Soldadinho de Chumbo(1838), A Polegarzinha (1835), entre outros.
O tema da dicotomia do forte/fraco e bonito/feio é evidenciado no conto O Patinho Feio. A história fala de um patinho diferente dos irmãos, rejeitado pela família. Apesar das adversidades, o patinho demonstra força e perseverança. Contudo, o conto provavelmente mais reconhecido será A Pequena Sereia, devido às várias adaptações, sendo a mais famosa o filme animado da Disney. Uma estátua da pequena sereia foi erguida em 1913 junto ao porto de Copenhaga dedicada ao conto de Anderson, sendo atualmente o símbolo da cidade.
Hans Christian Andersen continuou a escrever histórias até 1872, quando ficou muito doente, chegando a ter 156 contos. Com a saúde bastante abatida, a 4 de agosto de 1875 o autor faleceu em Copenhaga, Dinamarca. Pelo seu impacto na literatura infantil, no dia 2 de abril, a sua data de nascimento, é celebrado o dia internacional do livro infanto-juvenil. Além disso a International Board on Books for Young people (IBBY) oferece a medalha Hans Christian Andersen aos melhores autores do género.