Ambas as equipas tiveram ocasiões para alterar o marcador, mas os guardiões estiveram à altura para o impedir.

O conjunto do Minho entrou para este encontro com a ambição de regressar aos triunfos, após um começo a todo o gás na Liga Portugal Betclic. Os famalicenses conquistaram três vitórias nas três primeiras jornadas, mas a partir daí apresentam um registo de uma derrota e de dois empates. Armando Evangelista retirou o lesionado Rochinha, em relação ao 11 apresentado em Moreira de Cónegos, e colocou o avançado espanhol, Mario Gonzalez.

Antes do apito inicial, houve um minuto de silêncio em homenagem a João Rodrigues, antigo presidente da Federação Portuguesa de Futebol e um pontapé de saída simbólico dado por Luís Oliveira, que trabalhou 35 anos ao serviço do FC Famalicão. Assim que o árbitro Hélder Carvalho deu ordem para iniciar a partida, foram os insulares a criar a primeira oportunidade de perigo, aos três minutos de jogo.

Garcia rematou à boca da área para defesa de Zlobin. Logo no minuto seguinte, Sorriso respondeu com uma tentativa de pé esquerdo que passou ligeiramente ao lado da baliza de Lucas França. O próprio avançado brasileiro viria a sair lesionado instantes depois.

Ao tentar chegar ao passe de Gustavo Sá, apoiou mal o pé esquerdo e não conseguiu continuar no encontro. Armando Evangelista viu-se obrigado a recorrer ao banco de suplentes e lançou Gil Dias para o terreno de jogo.

O FC Famalicão, após o infortúnio do antigo jogador do Red Bull Bragantino, conseguiu ter mais posse de bola e chegou à área contrária com perigo. À passagem do vigésimo minuto do jogo, Youssouf Zaydou criou aquela que se poderá considerar a grande ocasião do primeiro tempo.

O médio de 25 anos armou o remate, mas o guarda-redes dos alvinegros estava lá para impedir o golo. Até ao equador da partida, Rodrigo Pinheiro aos 21 minutos e Gil Dias aos 31 também tiveram chance de desfazer o nulo do marcador.

Já em tempo de compensação, os ânimos começaram a aquecer. Helder Carvalho expulsou dois diretores do conjunto do Minho.

Para a segunda parte, era imperativo a turma de Armando Evangelista melhorar a sua eficácia e não deixar a equipa da Choupana crescer no encontro. Nenhum dos dois treinadores promoveu qualquer tipo de mexidas e foram os minhotos que entraram mais aguerridos.

Gustavo Sá, uma das promessas do futebol nacional, por pouco não chegou ao cruzamento do camisola 11, Aranda. Foi o próprio espanhol que, à hora de encontro, chutou para mais uma intervenção de Lucas França.

Aos 61 minutos, o técnico da casa proporcionou a segunda alteração do jogo. Tom van de Looi rendeu Gustavo Sá.

Certo é que o CD Nacional começou a melhorar. Num espaço de três minutos, o coletivo de Tiago Margarido criou três ocasiões de perigo. Luís Esteves tentou a sua sorte por duas vezes, mas o guarda-redes russo disse-lhe “não”.

Adrián Butzke quis dar uma alegria aos adeptos visitantes, mas Zlobin agarrou o cabeceamento do espanhol com relativa facilidade. Gil Dias, a 15 minutos do final, rematou para mais uma defesa do guardião do conjunto da Madeira. Hoje era mesmo o dia dos guarda-redes.

Ambos os treinadores, até ao término da partida, ainda alteraram as respetivas equipas, porém o placar não mudou. Esta distribuição de pontos favorece mais os alvinegros que os famalicenses, por duas razões. Primeiro estavam a jogar fora de portas e segundo, qualquer ponto é crucial para sair da situação delicada em que se encontram.

O FC Famalicão ficou aquém das expectativas, todavia Armando Evangelista afirmou na conferência de imprensa que “só uma equipa jogou para ganhar”. A turma do Minho desceu ao sétimo lugar da tabela classificativa. O próximo encontro é já na próxima sexta-feira, frente ao Rio Ave, pelas 20h15, em Vila do Conde.