O impacto do programa Eramus+ em várias áreas, como a educação e o mercado de trabalho, foi o tema central do debate entre estudantes e especialistas.

Ontem, dia 26 de setembro, realizou-se a mesa-redonda “Os Caminhos da Mobilidade Internacional” na Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho. O evento contou com a presença de estudantes e figuras importantes, como o Presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, e a professora Isabel Estrada Carvalhais, da Escola de Economia e Gestão e ex-membro do Parlamento Europeu. O principal objetivo do evento, organizado pela Erasmus Student Network Minho (ESN Minho), foi promover uma discussão sobre a influência da mobilidade internacional em diferentes níveis – local, nacional e europeu.

A ESN Minho, presente em Braga, Barcelos, Fafe e Guimarães, é uma secção local da maior organização estudantil da Europa, a Erasmus Student Network (ESN). A rede promove o desenvolvimento pessoal e a compreensão cultural dos estudantes internacionais. Em Portugal, a ESN organiza atividades sociais e culturais para integrar jovens em mobilidade. Além disso, promove também a “internacionalização em casa” em parceria com a Agência Nacional Erasmus+.

Patrícia Ribeiro, Diretora Administrativa da ESN Portugal, iniciou a sessão, introduzindo o Caderno Reivindicativo para as Eleições Europeias. Esse documento apresenta os principais objetivos da organização. Entre os temas abordados estavam a digitalização dos programas de mobilidade, a sustentabilidade e os transportes verdes, assim como a inclusão social.

O Presidente Ricardo Rio destacou a importância da diversidade cultural em Braga, afirmando que “a mobilidade internacional é um valor que não se pode perder.” Já Isabel Estrada Carvalhais aprofundou a visão sobre o Erasmus+, explicando que o programa não se destina apenas a estudantes, mas também a agricultores e a trabalhadores de pequenas e médias empresas. Sublinhou ainda o impacto do intercâmbio na aquisição de novas competências.

Durante o evento, os estudantes partilharam preocupações, como a falta de informação sobre o Erasmus+ antes de ingressarem no ensino superior, o custo elevado de viver no estrangeiro e a necessidade de equilibrar o uso do inglês e do português no contexto académico. A aproximação entre a ESN e os estudantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) também foi mencionada.

A discussão culminou numa reflexão sobre a importância de manter e reforçar o orçamento alocado ao programa Erasmus+, essencial para o desenvolvimento das competências interculturais e profissionais dos estudantes e outros participantes. Como concluiu a professora Isabel Carvalhais, “O respeito pela diversidade não se exercita muito em contextos teóricos de sala de aula. Podemos passar aqui uma tarde, um semestre, uma licenciatura inteira a falar da importância dos intercâmbios, mas é depois na prática, no olhar, que nós efetivamente realizamos os exercícios de interculturalidade”.

 

João Carvalho/ComUM

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