Há 90 anos, em Itália, nasceu a brilhante atriz e cantora Sophia Loren. Ao longo da sua carreira, foi galardoada com dois Oscars, sendo um deles honorário (1991), um Grammy e um Leão de Ouro no Festival de Cannes (1998), entre muitos outros prémios. A atriz foi uma parte essencial na mudança do olhar de Hollywood sobre mulheres estrangeiras. É considerada uma das mulheres mais bonitas da Itália e das estrelas de cinema mais famosas e sucedidas.

REGINE DE LAZZARIS AKA GRETA

Nascida Sofia Scicolone, a artista teve uma infância difícil. A atriz cresceu com a Itália pós-guerra como cenário, onde havia escassez de comida e casa. Face às adversidades, Loren procurou refúgio no cinema, escapando para ver filmes de estrelas como Rita Hayworth e Greta Garbo na grande tela. Com o sonho plantado, e após ganhar um concurso de beleza, mudou-se para Roma, com 15 anos, para seguir uma careira na indústria.

Enquanto fazia audições, Sofia também trabalhava para revistas, o que lhe ajudou a construiu a sua confiança e resiliência. Estes aspetos ajudaram-na a ganhar sucesso, protegendo-a da pressão tóxica da indústria, especialmente sobre os padrões de beleza. A própria afirma que a “beleza não é importante, tu tens de ser interessante”. Apesar dos seus primeiros papeís serem pequenos, quando a artista se casou com o produtor Carlo Ponti, em 1957, a sua carreira disparou. A atriz entrou em várias comédias até ter atraído atenção, dos críticos e do público, com Aida (1953). Com isto, nasceu a estrela Sophia Loren.

A junção da sua beleza com o seu carisma trouxe-lhe atenção internacional, aparecendo em filmes de Hollywood e contracenando com grandes estrela,s como Cary Grant, Clark Gable e Frank Sinatra. Em 1962, Loren tornou-se a primeira atriz a ganhar um Oscar para um filme em língua estrangeira, La Ciociara (1960). Na longa, a atriz faz o papel de Cesira, uma mãe viúva de uma adolescente durante a II Guerra Mundial, dando uma atuação poderosa.

Com o mesmo realizador, Vittorio de Sica, Loren fez outros dois filmes que mostraram o seu talento cómico, Ieri, Oggi, Domani (1963), acompanhada por Marcello Mastoianni e vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro, e Matrimonio all’italiana (1964). Desde os anos 70, a atriz tem-se dedicado menos à carreira de atriz para se focar na família, aparecendo, por vezes, em filmes com pequenos papeís. Os seus trabalhos mais recentes incluem os filmes Una Giornata Particolare (1977) de Ettore Scola, Prêt-à-porter (1994) de Robert Altman, o musical Nine (2009) e o filme televisivo La Mia Casa È Piena Di Specchi(2010), baseado na autobiografia da própria irmã da estrela.

Sophia Loren sempre foi uma força em Hollywood, em muita parte devido às dificuldades por qual passou na infância. Sempre orgulhosa das suas raízes, a própria diz que tal criou perspetivas nas suas personagens e firmeza na indústria. Loren atribui muita da sua persistência à mãe, que lhe ensinou a viver como uma mulher num “mundo de homens”. Em todos os seus papeis, Sophia Loren era extraordinária, e com um leque de personagens extensivo (de pobre a rica, de moderna a romana). Certamente será relembrada com vigor na história do cinema.

“ Durante a minha carreira, semmpre tentei interpretar mulheres de caráter forte.” – Sophia Loren