O plano deriva de um acordo entre o Município de Braga e o Grupo Casais.
Na manhã desta sexta-feira, foi apresentado o projeto e assinado o contrato para a construção de uma nova residência universitária, na antiga Fábrica Confiança (Rua Nova de Santa Cruz, São Victor). Após meses de espera por contestação da construtora ABB, o projeto vai finalmente prosseguir. O momento do anúncio decorreu a partir das 11h00 no Salão Nobre da Câmara Municipal.
“Um projeto fundamental para a cidade de Braga” proferiu o presidente do Município, Ricardo Rio. Acrescentou que esta oferta pública vai servir, não só estudantes da Universidade do Minho como também do IPCA, e até, eventualmente, outros académicos.
A nova residência será, não só uma restauração de um edifício histórico, mas sim uma reabilitação de uma zona central da cidade. A solução foi descrita pelo CEO do Grupo Casais, António Carlos Rodrigues, como “mais sustentável, rápida e moderna”.
O prazo de execução foi previsto com conclusão para o 1ºtrimestre de 2026, data-limite atribuída pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O PRR libertou ainda a verba de 25 milhões e meio de euros para a empreitada com chave na mão.
A residência universitária terá capacidade para 786 estudantes: quatros singles, duplos, quádruplos e para pessoas com mobilidade reduzida. O novo edifício terá uma área bruta de 15mil metros quadrados, ao passo que o atual conta apenas com a disponibilização de 4700 metros quadrados.
Assim, a residência universitária resultará da fusão entre uma preservação da estrutura antiga e de uma nova construção que terão funções diferentes. O edifício atual da Fábrica Confiança vai manter a fachada e apresentará funcionalidades, incluindo uma sala museu, uma loja da saboaria e um hall de entrada com as caraterísticas atuais.
O piso 0 vai ser dinamizado por salas de estudo, salas de convívio e de coworking. A isso, acrescentar-se-ão cozinhas, salas de refeição, lavandarias e quartos quádruplos.
Os pisos superiores serão “mais recatados” e dedicados, naturalmente, ao alojamento em si. No -1, ficarão os parques de estacionamento para viaturas e bicicletas, e zonas técnicas e de manutenção. Ricardo Rio argumenta: “Há uma interligação entre os dois edifícios” e “não está descurada a qualidade em nenhuma das fases”, numa obra que assegura o “equilíbrio entre estética funcionalidade e sustentabilidade com prazos acelerados”.
O projeto contará com posterior gestão a cabo da Universidade do Minho. A presidente da Associação Académica da Universidade do Minho, Margarida Isaías, reflete na “reivindicação de há muito tempo” feita para o acontecimento desta construção. É também um sonho estudantil que a dirigente alerta para o facto de que é apenas no limite que a universidade atua.
Assim, será possível de forma acessível os estudantes concretizarem o sonho de poder estudar e viver em Braga. Um projeto que aliará tradição, modernidade e união entre instituições académicas.