O dia procura incentivar as ações coletivas e individuais para a construção de um mundo mais justo e igualitário.

O Dia Internacional da Solidariedade Humana é celebrado anualmente a 20 de dezembro. A data é assinalada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, que identifica a solidariedade como um dos valores fundamentais para guiar as relações interpessoais do século XXI. Mais que isso, destaca-se a união na diversidade, com o intuito de sensibilizar a opinião pública para a importância do princípio.

O conceito sociológico de sociedade define-se como uma referência de união, cooperação e respeito mútuo entre indivíduos. Assim, a solidariedade é vista como um dos pilares fundamentais para a construção de sociedades mais pacíficas e sustentáveis, promovendo a empatia e a cooperação a nível global. Refletindo o compromisso, o bem-estar coletivo e a empatia pelos outros, o voluntariado, por exemplo, expressa-se como uma forma de solidariedade muito conhecida na comunidade portuguesa.

Em entrevista ao ComUM, José Maria Rainha partilhou a sua jornada na ESN Minho. “Entrei na associação em fevereiro de 2023 e não poderia ter tomado a melhor decisão”, afirma o estudante de Mestrado em Ciências da Comunicação da Universidade do Minho. José reflete que, ao ajudar aos outros, ajuda-se a si mesmo, e os pequenos gestos de solidariedade “vindos do coração” são capazes de moldar as melhores experiências, proporcionando momentos de felicidade a todos os estudantes..

No que toca à união entre voluntários, Rainha discorre que o impacto causado nas relações supera “até os obstáculos mais intensos”. Baseadas na solidariedade, “cada ação que vem de dentro” pode solucionar problemas a nível mundial, declara. “Ver a concretização de um trabalho” movido pelo esforço e pela solidariedade é a “maior motivação” de José, que se sente realizado ao observar a mudança à sua volta.

Fabiana Silva, voluntária da Cruz Vermelha, também conversou com o ComUM sobre a sua experiência nas associações e movimentos solidários. “O que me motiva a fazer parte é o quanto isso me transforma como pessoa”, assinala. A estudante de Enfermagem da Universidade do Minho afirma que a solidariedade na Cruz Vermelha é mais do que ajudar: “é criar conexões reais e humanas com os voluntários e com aqueles que ajudamos, é dar e receber afeto, e sentir que, juntos, podemos fazer a diferença no dia a dia de alguém”.

Fabiana adiciona ainda que desde que se inseriu nas atividades solidárias, aprendeu a ter um olhar diferente para o mundo, “com mais empatia e a valorização às pequenas ações” que, juntas, geram grandes mudanças. “A solidariedade é transformadora porque nos ensina a colaborar, a ouvir e a agir em prol de algo maior”, destaca. “Algo que me marca sempre é o carinho sincero das crianças, aquele abraço apertado quando chego ou a alegria no olhar delas é algo que nunca esqueço”. expressa a estudante. Silva relata que “são momentos simples, mas cheios de significado”, onde percebe “o quanto pequenos gestos podem aquecer corações”.

O Dia Internacional da Solidariedade Humana assinala a cooperação e o respeito mútuo como essenciais para a superação de desafios mundiais. A data reforça que a solidariedade não é apenas um gesto de bondade e cuidado, mas também um valor fundamental para a garantia da dignidade humana e de um futuro melhor.