A Lista F rege-se pelo lema “Fazer e Cumprir”.
Francisco Silva comanda a Lista F e candidata-se à presidência do Conselho Fiscal e Jurisdicional da Associação Académica da Universidade do Minho, AAUMinho. Com a semana de campanha na reta final, termina a dia 9, as eleições decorrem a 11 de dezembro. Em conversa com o ComUM, o candidato afirmou que pretende executar uma fiscalização mais rigorosa nas atividades da Associação Académica.
ComUM- A Lista F, que é encabeçada por ti, rege-se pelo lema “Fazer e Cumprir”. Partindo disso, o que é que a tua equipa pretende fazer e cumprir no Conselho Fiscal e Jurisdicional?
Francisco Silva- Está definido que o Conselho Fiscal e Jurisdicional tem como papel, principalmente, fiscalizar todos a atividade realizada pelos órgãos da Associação Académica, nomeadamente, por exemplo, o plano de atividades, o orçamento etc. Nesse sentido, a nossa missão é fazer cumprir estes estatutos e moções que têm sido passadas, às quais a Associação Académica se compromete a realizar e que, atualmente e por vários anos consecutivos, não têm sido feitos. Atualmente, por exemplo, o CFJ também entra um bocadinho nesta dinâmica de não fazer o papel de fiscalizar. Portanto, se no actual CFJ não há um papel de fiscalização, não há um mecanismo de consequência para o incumprimento destas atividades.
ComUM- Numa entrevista que concedeste à RUM, defendeste uma fiscalização mais rigorosa das atividades da AAUMinho. De que forma é que tencionas concretizar esse objetivo?
Francisco Silva- Basicamente, fazer aquilo que o CFJ não tem feito assim por muito tempo, que é reunir de forma mais frequente, haver mais deliberação e emitir mais pareceres contra todos os âmbitos da atividade da Associação Académica, seja acerca da Reunião Geral de Alunos, que é um evento bastante emblemático da democracia aqui na Universidade e que ocorre com bastantes incumprimentos dos seus estatutos e bastantes entraves para uma participação significativa da comunidade académica. Nesse sentido, uma fiscalização mais rigorosa é exatamente isto: não só é deliberar mais acerca das questões da universidade e sobre as atividades da Associação Académica, mas também achamos que é extremamente importante ir junto dos estudantes e explicar-lhes o sucedido.
ComUM- De uma forma muito generalizada, o CFJ acaba por ser um órgão pouco conhecido no seio dos estudantes da Universidade do Minho. Enquanto líder da lista F, o que é que pretendes fazer para torná-lo mais conhecido?
Francisco Silva- O CFJ é, entre os órgãos da Associação Académica, o menos conhecido, pouquíssimas pessoas reconhecem o que é o CFJ. Os estudantes podem reconhecer o que é que a direção e até podem saber o que é a Mesa da Reunião Geral de Alunos e ter participado. Mas, de facto, é muito difícil reconhecerem o que é que é o CFJ. A nossa missão é fazer ações de consciencialização acerca do que é que este órgão, na campanha, como achamos que deveria ser. O CFJ eleito dever-se impor dentro da comunidade académica.
ComUM- As responsabilidades do CFJ centram-se, sobretudo, em questões financeiras, administrativas e tomam decisões importantes na comunidade académica. Na tua ótica, o que tem falhado e tencionas corrigir no CFJ?
Francisco Silva- A correção é, por um lado, a fiscalização da atividade e, por outro lado, o contato com estudantes. Isto para ter uma certa dinâmica de conhecimento e consciencialização da comunidade académica acerca das atividades da Associação Académica, já que, atualmente, na nossa opinião, ocorrem bastante à porta fechada. Existe pouca divulgação da sua atividade nos pormenores mais técnicos, seja, por exemplo, do plano fiscal, que só é realmente debatido e apresentado nas RGA´S. Mesmo assim, estas têm pouquíssima participação dos estudantes. Portanto, nesse sentido, não há bastante rigor no debate em torno dessas questões. O CFJ devia existir para apresentar estas situações à comunidade académica e fomentar a democracia na universidade.
ComUM- Numa perspectiva mais pessoal, como e porque é que surgiu a tua candidatura à liderança do CFJ?
Francisco Silva- Posso dizer que não é uma motivação individual. Todos os nossos membros têm várias perspectivas e experiências de vida, que enriquecem as nossas propostas para o que é que o CFJ deve ser: qual é o seu papel, a sua importância dentro da comunidade académica e para a democracia no Ensino Superior, em geral.
ComUM- Falaste um bocadinho da tua equipa. Sentes que tens uma equipa capaz para levar o CFJ a bom porto?
Francisco Silva- Tenho muita confiança (na equipa). Claro que o carácter mais importante para ser parte da democracia na Universidade é reconhecer a realidade dos estudantes. No fundo, estar em compromisso, perceber quais são os seus problemas e ter vontade em querer resolver esses problemas. Então, nesse caso, diria que não é, de todo, difícil comprometer-se a participar na democracia da Universidade.
ComUM- Para acabar, que mensagem queres deixar aos alunos da Universidade do Minho?
Francisco Silva- Queria relembrar fortemente de votarem no dia 11 pela Lista F, não só por uma lista de oposição à atual lista, mas também por uma lista de rutura com as atuais políticas de imobilismo e de inatividade que estamos a ver por parte do CFJ.