A Lista C tem o objetivo de dotar a academia minhota com competência.

José Vilaverde guia os destinos da Lista C e é candidato à liderança do Conselho Fiscal e Jurisdicional da Associação Académica da Universidade do Minho, AAUMinho. As eleições decorrem no dia 11 de dezembro, com o voto a poder ser realizado na plataforma e-votum. Em entrevista ao ComUM, o candidato assegura que a sua equipa está consciente daquilo que exige o órgão ao qual se candidatam.

 

 

ComUM- A Lista C tem como repto garantir uma fiscalização justa e competência na academia. De que forma é que pretendem efetivar isso?

José Vilaverde- Temos uma equipa que está consciente daquilo que é o trabalho do CFJ. Portanto, temos consciência daquilo que exige este órgão motiva-nos para, de certa forma, fazermos um trabalho de forma exímia e, sobretudo, justa. Efetivamente, é essa a vontade de sermos justos, não só para para a Associação Académica, mas para todos os estudantes e de sermos transparentes. E isso é também aquilo que nos move para fazermos esse trabalho de forma equilibrada e justa.

 

ComUM- Numa entrevista que concedeste à RUM, afirmaste que os três órgãos da AAUMinho não têm trabalhado de forma harmoniosa. Com que fundamentos é que defendes isso e o que é que propões para contornar esse flagelo?

José Vilaverde- Sendo o atual vice-presidente da Mesa da Reunião Geral de Alunos, tenho um bocadinho essa visão mais interna daquilo que é o funcionamento dos órgãos e de como é que eles trabalham em conjunto, que, de momento, é um trabalho inexistente. Efetivamente, se os três órgãos comunicassem mais e se conseguissem, de certa forma, trabalhar todos com o mesmo propósito, que é melhorar a representatividade na Academia e melhorar aquilo que é as competências de cada um dos órgãos, isso iria, no fundo, levar a que o trabalho de cada um deles individualmente fosse melhor.  Aquilo que nós propomos, enquanto lista C, é efetivamente isso. O Conselho fiscal, atualmente, tem tido um papel muito mais fiscalizador e pouco de acompanhamento àquilo que é o trabalho da Associação Académica. Pelo menos, isso é aquilo que transparece para a academia no geral. E, se existisse este acompanhamento mais próximo e contínuo ao longo de todo o ano, através de reuniões periódicas com a periodicidade que pode variar, consideramos que o nosso trabalho iria ser feito de uma maneira muito mais criteriosa e muito mais aberta. É muito por aí que também falamos sobre esse ponto de a comunicação entre os órgãos não acontecer, porque é algo pode melhorar bastante aquilo que são as competências da Associação Académica.

 

ComUM- Numa perspetiva mais pessoal, como referiste há pouco, em 2023 e com o mandato em curso, integras a vice-presidência da mesa da RGA. Como é que se sucedeu esta passagem, sendo que te integras num órgão e te candidatas, agora, ao Conselho Fiscal e Jurisdicional?

José Vilaverde- Desde que comecei na universidade, sempre percebi que existiam coisas que sentia que poderiam melhorar a nível de Associação Académica. No ano passado, a convite da Sónia, tive este prazer de contar e de participar na mesa da Reunião Geral de Alunos. Efetivamente, estando mais por dentro e, apercebendo daquilo que é o trabalho desenvolvido pelo CFJ, percebo que existem várias coisas que consigo ajudá-lo a melhorar neste órgão. Toda minha equipa consegue ajudar este órgão a funcionar de uma maneira bastante diferente do que aquilo que tem acontecido até agora. Essa vontade de fazer mais pela Academia, de fazer mais por aquilo que são os estudantes e as suas necessidades, foi o que me fez agora candidatar ao CFJ, para, efetivamente, conseguirmos transparecer de uma maneira mais clara e transparente aquilo que é o trabalho feito pela direção e também pela Mesa da RGA. A Academia no geral vai, como é óbvio, beneficiar dessa proximidade e desse trabalho exímio daquilo que é o Conselho Fiscal e Jurisdicional. Foi muito por aí, por sentir essa necessidade de um órgão mais presente, mais claro, mais próximo dos estudantes e, tendo também esta experiência na Mesa da Reunião Geral de Alunos, fez-me querer candidatar e querer fazer mais por um órgão que é pouco conhecido pela comunidade académica no geral.

 

ComUM- Como referiste, o órgão acaba por ser pouco conhecido pela comunidade académica. Como é que pretendes contornar essa parte e envolver os estudantes no CFJ, dando a conhecer o teu trabalho?

José Vilaverde- No meu ponto de vista, neste momento existe uma despreocupação com os diferentes órgãos da Associação Académica e daquilo que é as suas responsabilidades no geral. Considero que isso acontece porque as pessoas desconhecem a importância destes órgãos e do seu trabalho, de ser bem feito. Portanto, nós comprometemos, desde o início da nossa campanha, a dar a conhecer aos estudantes quais é que são as responsabilidades: como é que é eleito, quais é que são as suas competências. Mesmo utilizando as RGA´s como um meio para fazer esta comunicação com os estudantes, termos uma comunicação mais próxima, mais aberta, com pareceres mais claros. Efetivamente, se nós conseguíssemos ter um lugar onde as pessoas conseguissem aceder à informação que o CFJ apresenta, não só neste mandato, mas em mandatos anteriores, seria algo que também iria ajudar os estudantes a perceberem aquilo que é o órgão. Apresentando só nas RGA´s o documento e, às vezes, nem é lido na íntegra, acho que desmerece um bocadinho aquilo que são as responsabilidades deste órgão. Nós pretendemos mesmo ter um contato mais próximo, fazer pareceres mais claros, mais abertos e mesmo transparentes e mais elaborados, porque também é algo que eu considero que ainda pode melhorar muito. O trabalho da direção da Associação Académica é tão grande e tão extenso que, muitas vezes, os estudantes não têm noção para onde é que vão os 5 M de orçamento que a associação tem. Efetivamente, se o CFJ fizer este trabalho de acompanhamento e elaborar pareceres claros com os pontos mais importantes daquilo que é o trabalho desempenhado pela direção, considero que seria muito melhor para todos. Nós queremos dar a conhecer o CFJ desta maneira:  dá-lo a conhecer muito melhor nas RGA´s e mesmo fora delas. Vamos trabalhar bastante na campanha nessa parte da divulgação daquilo que são as competências, de como é que é eleito, quais é que são as responsabilidades e também quais é que são os princípios que nos orientam para nos candidatarmos este órgão.

 

ComUM- O candidato da Lista F, Francisco Silva, defende que as atividades da AAUMinho ocorrem muito à porta fechada, não havendo uma grande divulgação do que acontece. Sentes que a Lista C quer afastar isso e consideras que a tua equipa consegue reviver o CFJ?

José Vilaverde- Efetivamente, a equipa que compõe a Lista C é uma equipa de pessoas que têm bastante experiência a nível associativo e de como funcionam associações. Temos pessoas que vêm de direções de de associação académica atual, que vêm de juniores empresas, de várias associações de estudantes, inclusive eu próprio sou atual presidente do núcleo de estudantes. Esta visão que possuímos daquilo de como funciona uma associação e de quais é que são as suas responsabilidades acho que nos traz uma valência bastante importante para a intenção dos votos dos estudantes.  Sabemos para aquilo que nos estamos a candidatar, sabemos quais é que são as responsabilidades. Já demos provas vivas à comunidade académica, de qual é que é a nossa posição em diversos temas. Trazendo este background associativo bastante relevante, leva-nos a conseguir espalhar melhor a nossa mensagem, espalhar melhor aquilo que são as competências. Efetivamente, sabemos que a Associação Académica trabalha muito mal em certas vertentes.  Temos essa visão não só enquanto estudantes, mas enquanto também dirigentes associativos e pessoas que fazem parte destas associações. Isso traz-nos valências bastante importantes que, no meu ponto de vista, podem-nos levar a um resultado bastante mais próspero do que se não tivéssemos estas experiências passadas.

 

ComUM- Para finalizar, que mensagem gostarias de deixar ao eleitorado?

José Vilaverde- No fundo, o Conselho Fiscal e Jurisdicional tem muito mais para dar do que aquilo que é dado atualmente. A equipa que compõe a Lista C está efetivamente motivada e capacitada para elevar o Conselho Fiscal e Jurisdicional ao seu potencial máximo. Levando o CFJ a esse potencial máximo, acreditamos que conseguir que vamos conseguir levar também a Associação Académica a outro patamar. Efetivamente, é isso que nós queremos que aconteça. Se os estudantes assim o decidirem, temos uma lista de propostas que iremos divulgar para aquilo que é o funcionamento do CFJE. Aconselho a fazerem um voto informado, a pesquisarem sobre quais é que são as propostas das diferentes listas e, assim, tomarem uma decisão acertada que, no meu ponto de vista, é o voto na Lista C.