O ComUM esteve à conversa com o jogador para conhecer mais sobre o seu percurso, os desafios de integrar o escalão principal numa idade tão jovem, e as emoções vividas nesta importante conquista.

Lucas Gomes, com 19 anos, é já um nome em ascensão no futsal nacional. Natural de Santo Tirso, veste atualmente as cores do SC Braga pela equipa principal, onde se estreou com apenas 17 anos, demonstrando desde cedo o seu talento e determinação.

Recentemente, alcançou um dos momentos mais marcantes da sua carreira, ao conquistar a Supertaça diante do o Sporting CP, onde os minhotos venceram por 2-1. O ComUM esteve à conversa com o jogador para conhecer mais sobre o seu percurso, os desafios de integrar o escalão principal numa idade tão jovem e as emoções vividas nesta importante conquista.

Como foi o teu primeiro contacto com a modalidade?

O meu primeiro contacto com a modalidade foi curioso, uma vez que, de certa forma, fui “obrigado” a ter essa interação com o futsal. O meu pai desempenhava funções como diretor na Associação Desportiva de Tarrio e como o pavilhão onde decorriam os treinos ficava próximo da minha casa, decidiu integrar-me na equipa. Tudo aquilo era uma experiência completamente nova para mim e naquela idade, tratava-se mais de diversão do que de competição propriamente dita. Ainda assim, considero que o ambiente era acolhedor, o que me incentivou a continuar e despertou o meu interesse pela modalidade.

Consideras que a tua passagem pelo Tirsense e Paços de Ferreira te moldou como jogador? Quais foram os maiores desafios nesses clubes?

Sim, tenho a certeza de que se não fosse cada clube pelo qual passei, e cada treinador com quem trabalhei, eu não estaria onde estou hoje. Foram todos fundamentais no meu processo de formação.

Os maiores desafios foram sem dúvida a adaptação aos clubes e rotinas dos mesmos. Como fui habituado a jogar com colegas mais velhos, o facto de ser mais pequeno em relação aos outros, acabava por fazer com que eu tivesse de enfrentar desafios mais exigentes.

Quando surgiu a oportunidade de jogar no SC Braga e o que mais te atraiu no projeto do clube?

Foi claramente o facto de estarem a competir num Campeonato Nacional. Estava habituado a jogar sempre com as equipas do distrito do Porto, e passar para competir com equipas de todo o país é uma realidade diferente e bastante mais interessante. Contou também o facto de saber que podia surgir, a qualquer altura, uma chamada à Equipa A.

Fonte: SC Braga

 

Aos 17 anos, estreaste-te na Liga Placard pelo SC Braga. Como descreves essa transição para o escalão mais alto do futsal português numa idade tão jovem?

Foi a concretização de um sonho. Nunca imaginei, naquela idade alcançar o escalão mais alto do futsal português. No entanto, é tudo bastante diferente: a intensidade é muito superior àquela a que estava habituado, as cargas de treino são mais exigentes, e tive a oportunidade de jogar com os melhores jogadores do mundo, o que é sem dúvida um grande privilégio.

A caminhada para até à final da Supertaça foi repleta de desafios. Como foi o processo de preparação da equipa para este grande momento?

A Supertaça é disputada por quem ganha a Taça de Portugal e quem vence o Campeonato, por isso foi um trabalho ao longo de um ano, em que trabalhamos e nos preparamos para chegar aos jogos na melhor forma possível.

Como foi viver este momento histórico enquanto parte da equipa?

Foi sem dúvida a realização de um sonho. Se me dissessem que aos 19 anos alcançaria uma conquista como esta, dificilmente acreditaria que seria possível. Contudo, este sonho esteve sempre muito presente em mim, e é certamente um dia que recordarei para sempre.

Se pudesses resumir esta conquista numa palavra ou frase, qual seria e porquê?

Acho que não existem palavras que possam descrever o sentimento que tive ao conquistar aquele troféu. Foi uma sensação mesmo muito boa. Não irá ser algo que vou esquecer.

Que mensagem gostarias de deixar aos adeptos do SC Braga e aqueles que sonham chegar ao patamar em que estás?

Aos adeptos deixo uma palavra de gratidão por nunca nos terem abandonado, tanto naquele jogo como em qualquer outro da época. Não prometemos ganhar todos os jogos, mas prometemos entrega e raça em todos. Com eles estamos mais perto de ganhar. A quem sonha em chegar onde estou, diria que nunca desistam dos seus sonhos e trabalhem sempre para conseguirem concretizar aquilo que ambicionam.

Fonte: SC Braga